Nem Um Balão - Liu E Léu e Dou Guarani - Paulista X Mineiro
A música Nem Um Balão com composição de Cândido Canela / Belarmino, faz parte do álbum Liu E Léu e Dou Guarani - Paulista X Mineiro, que foi lançado em 1967 por Liu e Léu.
Letra da música Nem Um Balão
A noite de são João do ano passado me assentei na beira da fogueira
Triste desconsolado com a cara dentro da mão afogado nas saudades
Nas recordações nos tempos que a liberdade morava neste sertão
Olhei pro céu estrelado não vi nenhum balão. Olhei tornei olhar
Apurei as vista de lá e de cá pro lado de nascente do lado do poente
Olhei tornei olhar, mas qual... nenhum balão
Nem um balãozinho voando no ar voando distante da vista da gente
Longe nos confins nas sistas dos monte acendendo e apagando
Que nem estrela piscando até desaparecer e sem destino perder nas copas
Nas perambeiras, nos talha de ribanceira pelos beirais do meu sertão
Olhei, tornei olha e não vi nenhum balão acendendo e piscando
Distante da gente sem destino e sem fé quem nem o fogo do amor
No coração das mulheres. Eu acho que foi as autoridades que decretou
Proibição da solta dos balões nas noites de São João
Foi as autoridades malvadas que pois , matou assassinou
Toda alegria que existia no meu sertão nas quadras das fogueiras
Foi que nem arrancar de uma viola afinada sua prima e seu bordão
Foi que nem tomar da noiva que vai casar sua grinalda, seu véu
Foi que nem proibir as estrelas piscar no céu foi mesmo que engasgar
O sabiá laranjeira requinta do meu sertão, foi mesmo que instalar o jaó das capoeiras
As codornas das baixadas, as procara verdadeira,
Foi mesmo que matar os nhambuzinhos das palhadas
As promessa e os desejos dentro dos corações do pobre do sertanejo
Eta judiação! Nenhum balão na noite de São João olhei pro céu estrelado
Triste desconsolado com a cara dentro da mão, olhei tornei olhar
Apurei as vista de lá e de cá pro lado de nascente do lado do poente
Mas qual, nenhum balão somente uma zelação muito longe se apontou
Cumprimentando as fogueiras do padrinhos de Nosso Senhor
Era a mãe natureza cheia de encanto e beleza que a noite cumprimentava
Era o céu revoltado que o povo sussurava somente imaginação
Nem um balão, na noite de São João