Modas De Viola (ATRACAO ATR 21227) - (1998) - Pedro Bento e Zé Da Estrada
Grã Fino Na Roça
Fui criado na cidade estudei na faculdade e cheguei a ser doutor
Me casei com a Cristina uma joia de menina mais bonita que uma flor
Como era nosso intento logo após o casamento deixamos a capital
Pensando em nosso futuro procuramos o ar puro aqui na zona rural
Faz um ano mais ou menos que moramos neste ermo já estou arrependido
Espinhos de carrapicho carrapatos e outros bichos deixa a gente aborrecido
Foi pensando na estiagem que plantei arroz na vargem lá na beira do riacho
Depois que o arroz cachou o riacho transbordou levou tudo rio abaixo
Na cidade eu divertia o trabalho que eu fazia pra mim era brincadeira
Mas no cabo de uma enxada sinto a barra mais pesada quase morro de canseira
Nas noites que não tem lua o meu drama continua até o outro dia cedo
Só com luz de lamparina coitadinha da Cristina chega até a chorar de medo
A saudade me devora me recordo toda hora meus amigos e meus pais
Estou magro feito um grilo já perdi catorze quilos isso é sofrer demais
Merece a nossa homenagem o ilustre personagem que sacia nossa fome
Só depois do meu tropeço eu fiquei sabendo o preço do feijão que a gente come
Vou deixar esta palhoça e não quero mais a roça chega de serviço bruto
Pra cidade vou voltar nem que seja pra morar no porão de um viaduto
É certo o que o povo diz a grandeza do paÃs é o que o caipira que constrói
Pois o nosso alimento vem da garra e do talento desse nosso irmão herói
Missão De Detetive
A esposa de um ricaço vivia desconfiada
Que o marido lhe traia, por outra era enganada
Pra conhecer a rival saia desesperada
Rondava noites e dias mesmo assim não conseguia achar o fio da meada
Passava em todos os recintos só pra ver se conhecia
Pra botar em pratos limpos todas as fofocas que ouvia
Mas não tendo resultado no trabalho que fazia
Contratou um policial pra descobrir o casal, pois ela não conseguia.
Um agente da policia pra honrar a profissão
Saiu de pressa na pista com a maior perfeição
Ao surpreender o casal teve uma decepção
Não era outra qualquer se não a sua mulher nos braços do tubarão
Vendo esta cena voltou com o seu trabalho cumprido
E pra ricaça falou o que tinha acontecido
Também estou neste drama num papel bem comovido
No mais fino cabaré encontrei minha mulher nos braços do seu marido
Mais Um Drama Da Vida
Na sacada de um sobrado de fachada colorida
Foi um palco encantado em mais um drama da vida
Numa cidade pequena quase que desconhecida
Foi onde a primeira cena da peça foi exibida
Até o primeiro ato a história foi de fato realmente dolorida
De manhã logo cedinho assim que o sol nascia
Um rosto lindo e sorrindo na janela aparecia
Era a moça mais bonita que na cidade existia
Mas a sua vida aflita era uma agonia
Um encanto de menina que cumpria triste sina por sofrer paralisia
Certo dia um viajante por acaso ali passou
Moço muito elegante diante da casa parou
Embora meio indeciso da moça se aproximou
E numa troca de sorriso o namoro começou
O rapaz era pacato, mas sensato em seus tão seu papel desempenhou
Debruçada na janela ela disse ao rapaz
Todo sofrimento dela em alguns anos atrás
Ela com toda cautela falou dos seus ideais
Com o consentimento dela foi falar com os seus pais
Oh, meu Deus quanta beleza na modesta natureza talvez não exista mais
Quase um ano foi passado em convÃvio conjugal
Um filhinho esperado era um grande ideal
Por maior felicidade de todos e do casal
A cena da maternidade teve um feliz final
No quarto dia do parto a moça saiu no quarto caminhando natural
Que cena maravilhosa
A mãe toda amorosa e o pai muito carinhoso
A criancinha mamando é um ato demonstrando que Deus é poderoso
Velho Peão
Levantei um dia cedo sentei na cama chorando
Meu velho tempo de peão nervoso eu fiquei lembrando
Senti uma dor no peito igual brasa me queimando
Ouvi uma voz lá fora parece que me chamando
Eu tive um pressentimento que a morte na voz do vento ali estava me chamando
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Eu saà lá pro terreiro lembrei nas glórias passadas
Me vi montado num potro correndo nas invernadas
Também vi um lenço acenando de alguém que foi minha amada
Que há tempo se despediu pra derradeira morada
Tive um desgosto medonho ao ver que tudo era um sonho e hoje não sou mais nada
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Pobre de quem nesta vida na velhice não pensou
Ao me ver velho e doente um filho me amparou
Recebo tanta indireta da nora que não gostou
E meu netinho inocente chorando já me falou
A mamãe já deu estrilo diz que aqui não é asilo, mas eu gosto do senhor
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Neste meu rosto cansado queimado pelo mormaço
Duas lágrimas correram no espelhos do meu fracasso
É o prêmio de quem na vida não quis acertar o passo
Abri os olhos muito tarde quando eu já era um bagaço
Vejam só a situação de que foi o rei dos peões hoje não pode com um laço
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À Deus eu fiz uma prece pedindo pros companheiros
Que perdoe todas as faltas deste peão velho estradeiro
Quando eu deixar este mundo meu pedido derradeiro
Desejo ser enterrado na sombra de um anjiqueiro
Pra ouvir de quando em quando as boiadas ali passando e os gritos dos boiadeiros
Peão De Ouro
Na cidade de Barretos depois da festa do peão
Pra cortar cabelo e barba foi entrando um folgazão
Só por trazer no bombacho a poeira do estradão
Que naquela barbearia teve uma decepção, ai
O dono da barbearia por ter certa posição
Na roda da sociedade quis desfazer do peão
Tirou o forro da cadeira faltando com a educação
Dizendo que os boiadeiros acostumam sentar no chão, ai
O peão respondeu eu não aceito lição
E topo qualquer parada na hora de precisão
Com prata do meu arreio eu compro qualquer salão
Com ouro da minha espora faz jóia pra tubarão, ai
O resto da minha traia é ouro fino dos bons
Com o sol o freio brilha na boca do Alazão
O peitoral é formado com vinte e seis argolão
Todos de ouro maciço tem mais seis no cabeção, ai
E falando com o barbeiro foi entregando um cartão
Com a marca peão de ouro rei de todas criação
E puxando a carteira sem fazer objeção
Forrou a cadeira inteira só cheque de milhão, ai
Flor Do Ipê
Eu nasci no mês de agosto o mês da flor do ipê
Os campos ficam floridos que dá gosto a gente ver
Mas para mim é tristeza não posso me compreender
Que eu nasci no mês de agosto, mas foi só para sofrer, ai, ai, ai
Da minha infância querida eu não consigo esquecer
Na porta da minha escola um lindo pé de ipê
Na hora do meu recreio ali eu me descansava
Parece que aa flores diziam que a minha infância terminava, ai, ai, ai
Quando veio a mocidade pequenos dias risonhos
Passou na velocidade de um terminar de sonho
Transformando o meu sorriso num triste e amargo pranto
Que chora ao ver no presente esses meus cabelos brancos, ai, ai, ai
Agora velho e cansado me resta pouca lembrança
Olho no campo da vida pequenas rosas balançam
No mês de agosto eu vejo os lindos pés de ipês
As flores nascem de novo só eu não volto a nascer, ai, ai, ai
Boiada Cuiabana
Vou contar a minha vida do tempo que eu era moço
De uma viagem que eu fiz lá pro sertão de Mato Grosso
Fui buscar uma boiada isto foi no mês de agosto
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Meu patrão foi embarcado na linha Sorocaba
Capataz da comitiva era o Juca Flor da Fama
Contratado pra trazer uma boiada cuiabana
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No baio foi João Negrão, no Tordilho Severino
Zé Garcia no Alazão, no Pampa foi Catarino
A madrinha e o cargueiro, quem puxava era um menino
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Eu saà de Lambari na minha besta ruana
Só depois de trinta dias que cheguei em Aquidauana
Lá fiquei em namorado de uma malvada baiana
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Ao chegar em Campo Grande num cassino fui entrando
Uma linda paraguaia na mesa estava jogando
Botei a mão na algibeira dinheiro estava sobrando
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Ela mandou me dizer pra mim que fosse chegando
Eu mandei dizer pra ela vá bebendo eu vou pagando
Eu joguei nove partidas meu dinheiro foi andando
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A lua foi se escondendo vinha rompendo a manhã
E aquela morena faceira trigueira cor de romã
Soluçando me dizia muchacho leva-me contigo
Que te darei toda minha alma todo meu amor
Todo meu carinho toda minha vida
E os boiadeiros no rancho estavam prontos para partida
Numa roseira cheirosa os passarinhos cantavam
A minha besta ruana parece que adivinhava
Que eu sozinho não partia meu amor me acompanhava
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Eu parti de Campo Grande com a boiada cuiabanaÂ
Meu amor veio na anca da minha besta ruana
Hoje eu tenho quem me alegra na minha velha choupana
Travessia Do Araguaia
Naquele estradão deserto uma boiada descia
Pras bandas do Araguaia pra fazer a travessia
O capataz era um velho de muita sabedoria
As ordens eram severas e a peonada obedecia
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O ponteiro moço novo muito desembaraçado
Mas era a primeira viagem que fazia pra estes lados
Não conhecia os tormentos do Araguaia afamado
Não sabia que as piranhas eram um perigo danado  Â
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Ao chegarem na barranca disse o velho boiadeiro
Derrubamos um boi nágua deu a ordem ao ponteiro
Enquanto as piranhas comem temos que passar ligeiro
Toque logo este boi velho que vale pouco dinheiro
Â
Era um boi de aspa grande já roÃdo pelos anos
O coitado não sabia do seu destino tirano
Sangrando por ferroadas no Araguaia foi entrando
As piranhas vieram loucas e o boi foram devorando
Â
Enquanto o pobre boi velho ia sendo devorado
A boiada foi nadando e saiu do outro lado
Naquelas verdes pastagens tudo estava sossegado
O velho disse ao ponteiro pode ficar descansado   Â
Â
O ponteiro revoltado disse que barbaridade
Sacrificar um boi velho pra que tanta crueldade
Respondeu o boiadeiro aprenda esta verdade
Que Jesus também morreu pra salvar a humanidade
O Mineiro E O Italiano
Um mineiro e um italiano viviam as barras dos tribunais
Numa demanda de terra que não deixava os dois em paz
Só em pensar na derrota o pobre caboclo não dormia mais
O italiano roncava nem que eu gaste alguns capitais
Quero ver esse mineiro voltar a pé pra Minas Gerais
Â
Voltar a pé pro mineiro seria feio pros seus parentes
Apelou pro advogado fale pro juiz pra ter dó da gente
Diga que nos somos pobres que meus filhinhos vivem doentes
Um palmo de terra a mais para o italiano é indiferente
Se o juiz me ajudar ganhar eu dou uma leitoa de presente
Â
Retrucou o advogado o senhor não sabe o que está falando
Não caia nesta besteira se não nós vamos entrar pro cano
Esse juiz é uma fera, caboclo sério e de tutano
Paulista da velha guarda famÃlia de quatrocentos anos
Mandar a leitoa pra ele é dar a vitória pro italiano
Â
Porém chegou o grande dia que o tribunal deu o veredicto
Mineiro ganhou a demanda o advogado achou esquisito
Mineiro disse ao doutor eu fiz conforme eu lhe havia dito
Respondeu o advogado se o juiz vendeu e eu não acredito
Jogo meu diploma fora se neste angu não tiver mosquito
Â
De fato falou o mineiro nem mesmo eu estou acreditando
Ver meus filhinhos a pé meu coração vivia sangrando
Peguei uma leitoa gorda foi Deus no céu que deu esse plano
De uma cidade vizinha para o juiz eu fui despachando
Só não mandei no meu nome mandei no nome do italiano
Terra Roxa
Um grã-fino num carro de luxo parou em frente de um restaurante
Faz favor de trocar mil cruzeiros afobado ele disse para o negociante
Me desculpe que eu não tenho troco, mas aà tem freguês importante
O grã-fino foi de mesa em mesa e por uma delas passou por diante
Por ver um preto que estava almoçando num traje esquisito num tipo de andante
Sei dizer que o tal mil cruzeiro era muito dinheiro pra aqueles viajantes, ai, ai
Â
Negociante falou pro grã-fino esse preto eu já vi tem trocado
O grã-fino sorriu com desprezo o senhor não tá vendo que é um pobre coitado
Com a roupa toda amarrotada e um jeito de muito acanhado
Se esse cara for alguém na vida então eu serei presidente do estado
Desse mato aà não sai coelho e para o senhor fico muito obrigado
Perguntar se esse preto tem troco é deixar o caboclo muito envergonhado, ai,ai
Nisso o preto que ouviu a conversa chamou o moço de um educado
Arrancou da guaiaca um pacote com mais de umas cem cor de abóbora embolado
Uma a uma jogou sobre a mesa me desculpe não lhe ter trocado
O grã-fino sorriu amarelo na certa o senhor deve ser deputado
Pela cor avermelhada essas notas parece dinheiro que estava enterrado
Disse o preto não arregale o olho é apenas o restolho do que eu tenho empatado, ai, ai
Â
Estas notas vermelhas de terra é de terra pura amassa pé
Foi aonde eu plantei a quinze anos duzentos e oitenta mil pés de cafés
Essa terra que a água não lava que sustenta o Brasil de pé
Você estando montado nos cobre nunca falta amigo e algumas mulheres
Com essas notas que nós importamos os tais cadilak, ford, chevrolet
Pra depois os mocinhos grã-finos andar se exibindo que nem coronel, ai, ai
Â
O grã-fino pediu mil desculpas rematou meio desenxabido
Gostaria de arriscar a sorte onde está esse imenso tesouro escondido
Isso é fácil respondeu o preto se na enxada tu for sacudido
Terra lá é a peso de ouro mas o seu futuro estará garantido
Essa terra é abençoada por Deus não é propaganda lá não fui nascido
É no estado do Paraná aonde que está meu ranchinho querido, ai, ai
Violeiro Solteiro
Por eu ter a fama de um bom cantador
E uma linda moça de nosso interior
Pediu que eu cantasse ao menos por favor
Nem que fosse uns versos dos mais inferior
Respondi à ela eu não sou professor
Tudo quanto eu canto tem pouco valor
Mas meus versos servem pra acalmar a dor
De um peito que sofre ingratidão de amor
Â
Afinal de contas fiz o seu mandado
Cantei um versinho muito bem cantado
Ela agradeceu com muitos agrados
Eu fiquei contente fiquei obrigado
Cantei um versinho do cabelo ondeado
Ela também tinha cabelo cacheado
Deu cinco suspiros e me chamou de um lado
Perguntou se eu era solteiro ou casado      Â
Eu falo a verdade explico a razão
Nas festas que eu pego a viola na mão
Canto alguma moda por inclinação
Toco na turina responde o bordão
Dois peitos sadio dentro do salão
Logo a morena mudar de feição
Por que o verso é triste e dói no coração
Quem sofre nervosa morre de paixão
Por isso que eu digo que um rapaz solteiro
Pra gozar a vida deve ser violeiro
Viajar embarcado sem gastar dinheiro
Se quer namorada tem até milheiro
Entra no salão com os olhos morteiros
E o cantar sereno de dois companheiros
Na mais bonitinha bate um desespero
De meia-noite em diante tá no cativeiro      Â
Â
Menina, menina você se aperiga
Deixe de bobagem largue mão de intriga
Casar com violeiro é pra viver de briga
Você se aborrece com as próprias cantigas
Pra largar não pode porque Deus castiga
Pois eu sou violeiro e não faz mal que eu diga
Tome meus conselhos avise suas amigas
Que toque de viola não enche barriga      Â
Â
Campeão Do Pealo
Agente quando é criança aprende aquilo que vê
Meu pai era boiadeiro eu também queria ser
Com sete anos de idade, já comecei aprender
Laçando alguns bezerrinhos na hora de recolher
Com muita satisfação meu pai viva a dizer
Este menino a cavalo vai ser o campeão do pealo no dia que ele crescer
Um certo dia mamãe não sei porque teve ciúmesÂ
Meu filho não lida mais seu pai e os peões que se arrume
Se você formar pra doutor um grande cargo assume
Não fica um peão jogado pros canto e pelos batume
Vou te botar de castigo, se acaso você não aprume
Se um dia eu te ver jogado, seu pai vai ser o culpado por não tirar o seu costume
Uma noite eu fugi de casa, varando sertão adentroÂ
Me ajustei com um boiadeiro por nome João Nascimento
Chegamos com uma boiada das bandas de LivramentoÂ
O boiadeiro dizia que eu era de bom talento
Não falo por ser gabola e nem por convencimento,Â
Jogava o laço no escuro e notava o marruá seguro pelo rangido dos tentos
Depois que saà de casa, passou dez anos ou mais,Â
Eu fui buscar uma boiada lá no sertão de Goiás
Quando eu cheguei no rio grande a enchente estava demais,Â
Ali tinha uma boiada com dez peões e capataz
Quando o rio foi abaixando que a balsa encostou no cais
A boiada pulou n´água e o peão nessa hora amarga jogou seu burrão atrás
O burro tava cansado não aguentou a correnteza,Â
O peão gritou por socorro, eu socorri com destreza
Fiz três rodilha no laço, joguei com toda certeza,Â
Lacei pro meio do corpo não sei se foi por proeza
Ao trazer ele pra fora foi grande a minha surpresaÂ
O peão gritou surpreendido, me abrace filho querido, você foi minha defesa
Músicas do álbum Modas De Viola (ATRACAO ATR 21227) - (1998)
Nome | Compositor | Ritmo |
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Grã Fino Na Roça | Dino Franco / Nhô Chico | Moda De Viola |
Missão De Detetive | * | Moda De Viola |
Mais Um Drama Da Vida | * | Moda De Viola |
Velho Peão | Teddy Vieira / Sulino | Moda De Viola |
Peão De Ouro | Sebastião Santana / Pedro Bento | Moda De Viola |
Flor Do Ipê | Djalma / André / Andrade | Moda De Viola |
Boiada Cuiabana | Raul Torres | Moda De Viola |
Travessia Do Araguaia | Dino Franco / Décio Dos Santos | Moda De Viola |
O Mineiro E O Italiano | Teddy Vieira / Nelson Gomes | Moda De Viola |
Terra Roxa | Teddy Vieira | Moda De Viola |
Violeiro Solteiro | Zé Carreiro / Carreirinho | Moda De Viola |
Campeão Do Pealo | Teddy Vieira / Sulino | Moda De Viola |