Interpretam Sucessos Mexicanos (CABOCLO-CONTINENTAL CLP 9035) - (1968) - Pedro Bento e Zé Da Estrada

A Lua É Testemunha
Numa noite serena e escura
Quando em silêncio juramos amor
Quando em silêncio me deste um abraço
Nos despedimos morrendo de dor

As estrelas o sol e a lua
Testemunham que fui tão fiel
Hoje volto e te encontro casada
Ai que sorte infeliz e cruel

Estou casada seguir-te não posso
Porque assim exige a lei
Quero ser sincera ao meu esposo
Mas em silêncio por ti chorarei

Ao estares nos braços de outro
E o remorso a ti apertar
Peço a Deus que te mate dormindo
Pois não é minha nem de outro será

Serenata Asteca
Em baixo de tua janela vim fazer a serenata
Sei que finge estar dormindo por você ser tão ingrata
Sei que ouve o meu lamento deste que tanto te adora
Mas eu sei que escondido os teus olhos também choram

Que vou fazer se deveras te quero
Mesmo sofrendo este amor eu venero

Dizem que pra conseguir-te tem que ser rico bastante
Não importa o teu desprezo nem importa se errando
Diz que vivo muito errado querendo roubar tua sorte
Se eu não ame casar contigo peço a Deus trazer-me a morte

Que vou fazer se deveras te quero
Mesmo sofrendo este amor eu venero

Ella
Já cansei de pedir-lhe
Já cansei de dizer-lhe que eu sem ela me desespero
Mas não quis escutar-me
E seus lábios se abriram para dizer-me já não te quero

Eu senti minha vida
Tão desfeita iludida como se fora toda perdida
Quis então esquecê-la, quis então me afastar
Mas enquanto eu bebia, eu já me via de novo a chorar

Já cansei de pedir-lhe
Com o pranto a cair já ergui a taça e por ela brindei
Porém quis me ferir
Era o ultimo brinde de um boêmio a quem tanto amei

E o mundo caiu
Eu larguei minha taça e sem sentir toda desgraça
Ela tentou falar-me quando viu minha dor
Mas já estava escrito que naquela noite morri seu amor

Ficar Ou Partir
Só me falta que tu me despreze
Só me falta que tu me atraiçoe
Pra arruinar de uma vez minha vida
Só me falta que tu me abandones

Meus amigos também me deixaram
E o amor que te dou já não ligas
Só me falta que tu me abandones
Pra arruinar de uma vez minha vida

Já perdi o amor deste mundo
Mas não quero continuar sofrendo
A ilusão com quem tanto sonhara
Já esta pouco a pouco morrendo

Eu não posso obrigar-te a querer-me
Sofrerá se por outro me deixas
Eu me vou que tu fiques feliz
Saberás quanto dói um a queixa

Não se pode enganar o destino
Quando tudo já se vê perdido
Mas não posso esquecer teus carinhos
E a ternura de ti recebido

Pra viver e viver sem amor
E melhor de chamar te fingida
Só me falta que tu me abandones
Pra arruinar de uma vez minha vida

Já perdi o amor deste mundo
Mas não quero continuar sofrendo
A ilusão com quem tanto sonhara
Já esta pouco a pouco morrendo

Eu não posso obrigar-te a querer-me
Sofrerá se por outro me deixas
Eu me vou que tu fiques feliz
Saberás quanto dói um a queixa

Falhaste Coração
E eu que te julgava maior que todo mundo
Jamais pensei que foste capaz de me enganar
Mas teu procedimento cruel, aventureira
Feriu um coração que tanto quis te amar

Por luxo e por orgulho quiseste ir embora
Disseste-me sorrindo jamais hei de voltar
Porém a tua sorte foi negra e mal traçada
Ao ver-te abandonada não posso te ajudar

Maldito coração, é justo que tu sofras
Pagando o mesmo preço de tua traição
A vida é uma roleta onde apostamos tudo
E tu também jogaste na ânsia de ganhar

Mas não tiveste sorte, foi negro teu destino
Falhaste coração não tornes a apostar

Aos Quatro Ventos
Sentindo o pranto me invadir a alma
Quero chorar, trago um sentimento
Quero gritar aos quatro ventos que não sou nada
Que não sou nada, que nada vale sem teu querer, mulher

Quero que saiba que estou chorando
Como um louco, tal qual um ébrio
Quero que saiba que estou pagando
Pagando caro meu falso orgulho, essa vaidade

Sentindo o pranto me invadir a alma
Não é que eu queria sentir-me tanto
Por que chorar não sei o que trago
Não sei o que trago em meu coração

Quero que saiba que ao ver-te apenas
Meu falso orgulho deixa de ser
Eu pouco valho sem teu carinho
Eu pouco valho sem teu querer
Sentindo o pranto me invadir a alma

A Cama De Pedra
De pedra foi minha cama, de pedra o travesseiro
A mulher que eu queria deixou a mim por dinheiro
Ai, ai, coração tão traiçoeiro

Fugiste dos meus carinhos por eu ser um trovador
Mas não pensava que foste me fazer um sofredor
Ai, ai, coração enganador

Consultei meu coração que de amor foi ferido
É triste amar neste mundo e não ser correspondido
Ai, ai, coração ingrato e fingido

No dia em que eu morrer na minha campa estiver
Me traga por despedida essa ingrata mulher
Ai, ai, ai, coração que não me quer

Conquistando A Ti
Pouco e pouco eu vou conquistando a ti
Pouco a pouco teu orgulho vai chegando ao fim
Me disseram que vives pensando em mim
Pois outrora em minha vida tu foste ruim

Pouco a pouco vai compreendendo a mim
Pois pertence só a mim teu amor, teu carinho
Pouco a pouco eu vou convencendo a ti
Que nascemos é pra vivermos bem juntinhos

Não me diga que não recorda
Aqueles beijos que eu te dei
Não diga que não choraste
Naquele instante que te abracei

Pouco a pouco vai alegrando a mim
Pouco a pouco vou ganhando o teu coração
Ansioso eu vivo esperando assim
O momento tão feliz da nossa união

Triste Destino
Por mais que eu queira me por contente
Profundamente sinto esta dor
Não posso ter felicidade
Pela maldade de um falso amor

Em altas noites vou pela rua
Olhado a lua na imensidão
Triste chorando vou contemplando
Quanto foi negra sua traição

O meu consolo é ver a sorte te condenar
Como eu choro no mundo além
Você também tem que chorar
Nenhum consolo hás de encontrar

Alma Vazia
Mais uma noite escura e fria
Que a saudade e a solidão
Fazem meus olhos chorar de dor
A minha alma triste e vazia
Suspira e chora na triste ausência do seu amor

Vai saudade dizer a ela que só penso nela
E passo as noites triste a chorar
Diz também quanto padeço
Que não esqueço o seu sorriso e seu olhar

Vinte Anos
Trago um sentimento triste sentimento
Que fere o meu peito em tão profunda dor
Velhas ilusões que me traz os tempos
De uma história negra de um maldito amor

A mulher que eu quis me deixou por outro
Eu segui seus passos e matei os dois
Eu não fui culpado porque estava louco
Louco de ciúmes, louco de amor

As leis da minha terra ditaram a sentença
Me deram sem clemência vinte anos de prisão
E aqui por entre as grades são longos os dias meus
Vendo o céu azulado onde se encontra Deus

Sete Léguas
Sete léguas a cavalo todo dia eu percorria
Quando você me queria meu cavalo relinchava
E cantando eu seguia quando você me queria

Na distância do caminho mais o meu amor crescia
E bem depressa eu queria em seus braços me atirar
Para matar a saudade que o meu peito sentia

Hoje você me esqueceu que era puro o meu amor
A traição foi serpente que envenenou nossa vida
Sem lembrar-se querida que era puro o meu amor

Sete léguas a cavalo a chorar vou percorrendo
Lembrando da felicidade que sem você foi morrendo
Sete léguas a cavalo a chorar vou percorrendo

Adeus flores do caminho essa dor meu peito invade
Vou galopando sozinho bem distante da cidade
Vou lembrando seu carinho sete léguas de saudade

Músicas do álbum Interpretam Sucessos Mexicanos (CABOCLO-CONTINENTAL CLP 9035) - (1968)

Nome Compositor Ritmo
A Lua É Testemunha S. Louzano - Versão: Inhana / Goiá Rancheira
Serenata Asteca D. R. Carrilhão
Ela José Alfredo Jimenez - Versão: Juracy Rago Rancheira
Ficar Ou Partir José Alfredo Jimenez - Versão: Ricardo Reis Rancheira
Falhaste Coração Cuco Sanches - Versão: Luiz Carlos Gouveia Fox
Aos Quatro Ventos José Alfredo Jimenez - Versão: Juracy Rago Rancheira
A Cama De Pedra Cuco Sanches - Versão: Ramon Cariz Rancheira
Conquistando A Ti José Alfredo Jimenez - Versão: Waldomiro Rancheira
Triste Destino Tomaz Mendes - Versão: Sarafin Costa Almeida Rancheira
Alma Vazia Chema Davilla - Versão: Luiz De Castro Rancheira
Vinte Anos F. Valdez Leal - Versão: Juracy Rago Corrido
Sete Léguas Graciela Olmos - Versão: Sulino Rancheira
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