Cavalo Preto Valente (CABOCLO-CONTINENTAL CLP 9172) - (1973) - Pedro Bento e Zé Da Estrada

A Morte Do Matador
Toureiro, toureiro é homem forte 
Na arena luta com a morte é a lei do toureador 
Matar ou morrer lutando 
Às vezes quase chorando ao rir esconde sua dor 
  
Olha o povo delirando 
Por vosso nome chamando é triste o preço da glória 
Sabe que a negra sorte 
Como premio é sua morte depois de tanta vitória 
 
Toureiro, afinal chegou o dia 
Que a sua valentia transforma em pranto de dor 
A plateia em gargalhada 
Ao ver a arena manchada com sangue do matador

Toureiro, olha o povo delirando 
Por vosso nome chamando é triste o preço da glória
Sabe que a negra sorte 
Como premio é sua morte depois de tanta vitória

Por Nossa Amizade
Se você amigo quer beber comigo por nossa amizade
Eu lhe dou o prazer, mas não vamos beber por despeito e saudade 
Já ouvi dizer que vive a beber e chora despeitado
Tá perdendo o nome está dor lhe consome, mas sofra calado

Homem que pé home por uma mulher não bebe e não chora
Se ela não lhe quer deixe essa mulher que se vá embora
Essa mulher teve o prazer arruinou sua vida
Seja um homem honrado você está errado entregar-se a bebida

Ouça o meu conselho sou o seu espelho também já sofri
Tive um grande amor, passei a mesma dor, mas já esqueci
Hoje tenho outra que vive ao meu lado e vivo muito bem
Um amor se vai outro logo vem pra você também

Companheirada
Companheirada vamos beber pede ao garçom
Pra reunir quatro ou cinco mesas
Peçam bebida muita bebida
Que hoje sou eu quem paga a despesa
Quero beber, quero embriagar-me
Para esquecer a minha tristeza

Hoje eu sofro tanto é grande a minha dor
Perdi para sempre, perdi meu amor
Hoje estou vencido, estou convencido
A maldita sorte segue-me passo a passo
O meu triste fato reduziu ao nada
Assim levo a vida de fracasso em fracasso
E no entretanto a quem eu amo encontra a vitória
De braços em braços

Minha Vida Em Tuas Mãos
A minha vida está em tuas mãos faça dela o que desejar
Porque há tempo já estou morto cansei de tanto esperar
Quantas vezes humilhava aos teus pés uma migalha de amor eu pedia
Por recompensa ao lado de outro passava por mim e sorria

Hoje me vê assim derrotado senti remorso por tudo que fez
Quero que saibas por mais que padeça não se morre mais de uma vez
Por isso considere-me morto em sua vida jamais existi
O que fez para mim nunca mais jamais poderá repetir

Tarde Demais
Não sei por que o destino 
Pôs você em meu caminho fazendo-me sofrer, querida 
Me deste o teu carinho porém era fingido 
Jamais serei feliz um dia em minha vida 

Sei que virá chorando arrependida pedir o meu perdão 
É tarde demais feriste um coração 

Me lembro quantas vezes 
Juraste-me querer pensando em outro amor, fingida 
E que acreditava na sua honestidade 
Jamais quero você por toda minha vida

Sei que virá chorando arrependida pedir o meu perdão 
É tarde demais feriste um coração 

Noiva Em Pranto
A noiva na igreja o órgão tocando 
E o coro cantando ave-maria 
E o véu que ocultava seu rosto divino 
Não pude ocultar suas lagrimas caindo 

O noivo no altar que logo notou 
Que a noiva enxugava seu pranto de dor 
E a sua mão ele não aceitou 
Pois não era ele seu grande amor 

E ali ao lado logo aparecia 
O grande amor que ela queria 
E os convidados então compreendiam 
Que o seu coração a outro pertencia

Ai, ai, ai, ai, ai, ai, 
Que o seu coração a outro pertencia
 
Cavalo Preto Valente
Cavalo preto valente como esquecer-te te devo a vida
Eu ia ser fuzilado pelos dez homens de Pancho Villa
Naquela noite nublada eu recebia voz de prisão
Por aqueles desalmados fui condenado ao paredão

No amanhecer do dia chamei os guardas fiz um pedido
Cuidem do meu cavalo que neste mundo fui meu amigo
Ao ver os guardas chegando olhei ao céu pedi a Deus
Perdão parar os meus pecados e ao meu cavalo eu disse adeus

Recordo o que me falaram faça um pedido ao vosso gosto
Eu quero ser fuzilado em meu cavalo preto lustroso
Quando em ti me montaram e preparar a execução
Tu avançava matando todos soldados do pelotão

Há Tantas Mulheres
Há tantas mulheres bonitas no mundo 
Sei que muitas delas querem me acompanhar 
Mas eu só adoro você meu benzinho 
Por nada no mundo me faz te deixar
Com todo dinheiro que existe no mundo 
Que todos procuram e dão tanto valor 
Por todo dinheiro que existe no mundo 
Jamais trocaria você meu amor 

Às vezes receio que a infelicidade 
Procure-nos para fazer-nos sofrer 
A falsidade no mundo é tão grande 
E muitos invejam o nosso viver 
Mas não tenhas medo te peço querida 
Te juro de joelho se preciso for 
Por toda riqueza e a mulher mais bela 
Jamais trocaria você meu amor

Pois tudo que sinto por você querida 
É amor verdadeiro não é ilusão 
Te adoro e te amo com sinceridade 
Com todas as forças do meu coração 
Sei que tu me amas eu também te adoro 
Deus que abençoe este nosso lar 
Somente a morte por ordem divina 
Eu sei que um dia nos vai separar

Um Minuto A Mais
Um minuto a mais me desespero 
Um minuto a mais me enlouqueço 
Um minuto a mais eu já não vivo 
Nessa reminiscência o amor que não esqueço 

É tão grande a demora, maior é o meu silêncio 
Não chega a doce hora de me dizer o sim 
Meu quarto a meia luz é quase mar em fundo 
Vejo tua imagem em vulto girando em torno de mim

Um minuto a mais me desespero 
Um minuto a mais me enlouqueço 
Um minuto a mais eu já não vivo 
Nessa reminiscência o amor que não esqueço 

Só basta uma palavra dizer-me sim ou não 
Para rouba-me a vida ou dar nova ilusão 
A noite é tão vazia, noite perdida em vão 
Se não vier a mim eu não verei o amanhã

Morena Do Meu Paraguai
Parece que você me ama, parece que você me adora
Parece que você me quer, parece que seus olhos choram
Parece que você me ama, parece que você me adora
Parece que você me quer, parece que seus olhos choram
Ai, ai, ai, ai, meu amor você não vai 
Fica pertinho de mim, morena do meu Paraguai

Eu queria ser o vento pra beijar sua face bela
E morrer preso em seus braços, oh, minha linda donzela
Eu queria ser o vento pra beijar sua face bela
E morrer preso em seus braços, oh, minha linda donzela
Ai, ai, ai, ai, meu amor você não vai 
Fica pertinho de mim, morena do meu Paraguai

Sei que vou sentir saudade sei que vou ficar sozinho
Vou perder o seu amor vou perder o seu carinho
Ai, ai, ai, ai, meu amor você não vai 
Fica pertinho de mim, morena do meu Paraguai

Pior Que Castigo
Amar e ter orgulho é pior que um castigo 
Chorando sempre vivo muito em segredo 
Eu penso em te dizer tudo que eu sinto 
Te amo demais, só você quem faz eu ser covarde e ter medo. 

Ai, coração covarde é o meu
Ai, coração ingrato e fingido
Me envergonho de trazer este mal sempre comigo

Às vezes penso em dar fim na minha vida 
Em dar a despedida, mas não sou capaz 
Quanto mais eu sofro, mais gosto de sofrer 
É realidade a pura verdade sou covarde demais

Ai, coração covarde é o meu
Ai, coração ingrato e fingido
Me envergonho de trazer este mal sempre comigo

Garçom, Traga Bebida
 Companheirada vamos beber e cantar até altas madrugadas 
Garçom traga cigarro e bebida hoje dou a despedida pra vocês companheirada

Cantem pra mim uma canção bem sentida que mexa com meu passado 
Cantem, cantam pra mim companheiros por um amor traiçoeiro hoje me vou derrotado

Sou obrigado a sair desta cidade é muito triste e mesquinha a minha sorte 
Para não ver a minha namorada com outro ela ser casada pra mim é pior que a morte

Ai, ai, ai, ai companheiros vamos beber e cantar 
Por que bebendo e cantando não vejo a hora passar

Músicas do álbum Cavalo Preto Valente (CABOCLO-CONTINENTAL CLP 9172) - (1973)

Nome Compositor Ritmo
A Morte Do Matador Pedro Bento Huapango
Por Nossa Amizade Carreirinho Guarânia
Companheirada Pedro Bento Rancheira
Minha Vida Em Tuas Mãos Pedro Bento Bolero
Tarde Demais Correto / Paxá Corrido
Noiva Em Pranto Correto Rancheira
Cavalo Preto Valente Belmonte / Miltinho Rancheira
Há Tantas Mulheres Edu / Celinho Rancheira
Um Minuto A Mais Zé Marinho / Edmar Moreira Bolero
Morena Do Meu Paraguai Correto Carrilhão
Pior Que Castigo Pedro Bento Fox
Garçon, Traga Bebida Carreirinho Rancheira
Compartilhe essa página
Aprenda a tocar viola, acesse Apostila de Viola Caipira Material de qualidade produzido por João Vilarim