A Volta (COELP 41931) - (1984) - Peão Carreiro e Praense
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A Funcionária
Funcionária, de paixão estou quase morrendo
E você faz que não está vendo
Seu patrão por amor padecer
Quantas vezes, já aumentei o seu ordenado
E nem mesmo um muito obrigado
Você diz para me agradecer
Ama outro e com ele está sempre brigada
E por isso trabalha enfezada
Maltratando os clientes meus
Todos querem que urgente eu a mande embora
Mas o meu coração lhe adora
E garante o emprego seu
Minha linda, funcionária
Eu perdôo, suas falhas
Pois na firma, que trabalha
Você é o dodói do patrão
Já lhe dei liberdade
Saia cedo, chegue tarde
Mas lhe peço por piedade
Não me mate de tanta paixão
Pai, Amigo Irmão
Velho, meu pai amigo e irmão
Meu herói, meu campeão
Osso duro de roer
Velho, quem foi rei é majestade
Apesar da sua idade, velho
Tenho inveja de você
Velho, trabalhou de sol a sol
Derramando seu suor
Pra poder me sustentar
Velho, quantas vezes pelos campos
Derramei amargo pranto, velho
Por não poder lhe ajudar
Velho, lá no campo entre os brutos
Na linguagem dos matutos
Você foi o meu professor
Velho, você é o Papai Noel
Que pra mim caiu do céu, velho
Que foi feito só de amor, velho
Fera Da Estrada
A qualquer hora vou fazer uma viagem
Vou comprar uma passagem seja pra qualquer lugar
O meu problema é um caso muito sério
O papel que me fizeram só o diabo pra agüentar
Eu tinha tudo, uma mulher que eu gostava
Toda noite a gente amava como fosse amor primeiro
Mas o destino em tudo isso pois fim
Meu amor deixou de mim, fugiu com um caminhoneiro
Caminhoneiro, fera da estrada
Com minha amada enfeitou seu caminhão
Caminhoneiro entre a neblina
Passou por cima do meu pobre coração
Amor Escondido
Eu resido no seu coração
Já faz tempo meu bem, quanto tempo
Tenho outra na minha vida
E você no meu pensamento
É por isso que em certos lugares
Só os nossos olhos conversam
Escondendo que o nosso amor
É maior do que o próprio universo
Ai, quanta mágoa escondida no peito
Esse nosso romance imperfeito
Não sabemos até onde vai
Ai, corações batem descompassados
Dois amores assim separados
Dia e noite padecem demais
Na presença de certas pessoas
Nossos lábios tremendo se calam
E da nossa paixão tão imensa
Só os nossos olhos se falam
Brevemente a levam embora
Sabe Deus quando volto a lhe ver
Sou o dono do seu coração
Mas não posso mandar em você
Ai, quanta mágoa escondida no peito
Esse nosso romance imperfeito
Não sabemos até onde vai
Ai, corações batem descompassados
Dois amores assim separados
Dia e noite padecem demais
Sonho Falado
Desperta meu amor desperta pra me ouvir agora
O dia já vem clareando chega de dormir
Sonhando você conversou por quase meia hora
Falando coisas que fizeram meu pranto cair
Sonhando com uma amiga conversou dormindo
Matando toda a ilusão de uma noite bela
A ela você confessou que se casou comigo
Mas quem você ama mesmo é o irmão dela
Escolhi este hotel luxuoso
Pra uma noite que não existiu
Pois você ao chegarmos de viagem
Se queixou de cansada e dormiu
Mas olhando o seu corpo bonito
Eu confesso que perdi o sono
Se não fosse seu sonho falado
Essa hora eu seria o seu dono
Vou levá-la de volta a seus pais
A união tem que ser anulada
Por motivo de um sonho cruel
Terminou nossa lua de mel
No momento de ser iniciada
Eu Também Sou Gente
Meu amor eu também sou gente
Não me faça de gato e sapato
Se você está de cabeça quente
Não sou eu quem vai pagar o pato
Você anda tão mal humorada que diabo te deixou assim?
Evitando até de ser amada parecendo que enjoou de mim
Se você quiser brigar eu brigo, mas não quero mágoa e nem rancor
Você faça o que quiser comigo só não deixe me faltar amor
A Volta
Voltei pra dizer-te querida
Que te amo bem mais do que antes
Quantas noites passei mal dormidas
Quantos dias sofri tão distante
Voltei para recomeçar
Tudo aquilo que jogamos fora
Desta vez eu voltei pra ficar
E te juro não vou mais embora
A inveja de suas amigas
E as intrigas dos amigos meus
Se pensaram em nos separar,
Com mais força este amor, renasceu
Coração De Cera
Solidão, lembrança e saudade é o que me resta agora
Dói o coração quando a gente ama alguém que vai embora
A todo instante que me lembro dela tenho que chorar
Infelizmente entre dois amantes o ciúme existe pra fazer brigar
Igual a um barquinho no grande oceano
Ela foi embora eu fiquei no cais
Vivendo sozinho nesse desengano
O meu sofrimento agora é demais
Nos braços de outra viver não consigo
Um amor antigo sempre tem raiz
Mesmo que ela tenha um coração de cera
E que me amou só de brincadeira
Foi nos braços dela que eu fui feliz
Essa Noite Com Você
Meu bem essa noite eu vou me realizar
Da mulher que mais eu amo ganhar carinho
Sentir o sabor de um beijo da sua boca
Vai ser de porta fechada e nos dois sozinhos
Não quero lhe maltratar em momento algum
Tomara que essa noite não tenha fim,
Eu quero depois do amor me sentir feliz
Ouvindo você dizer que gostou de mim
Ai amor, o meu desejo é imenso
A quanto tempo que penso
Esse encontro aconteceu
Ai amor, não vou perder um segundo
Eu quero esquecer o mundo
Essa noite com você.
No Mundo Da Lua
Quando a gente perde a pessoa que ama
Toma raiva da cama e pousa na rua
Na mesa de um bar bebendo e fumando
Amanhece sonhando no mundo da lua
Assim vou vivendo curtindo a saudade
Da felicidade que um dia perdi
Já faz tanto tempo que eu não a vejo
Porém, os seus beijos jamais esqueci
Choro nos braços da noite
A minha mágoa de dor
Sentindo na alma os açoites
Das chibatadas do amor
Existe um ditado que diz
Que bebida não cura paixão
Mas este remédio infeliz
É o calmante do meu coração.
Vida De Quem Ama
Ah vida de quem ama chora meu coração
Ah, Saudade Malvada porque não diz para minha amada
Que estou morrendo na solidão
Quero que ela sonhe comigo todas as noites
E que em sonho veja o quanto estou descaÃdo
Há muitas léguas dos seus carinhos vivendo longe
Com a saudade eu muito tenho emagrecido
Quero que ela saiba do jeito que estou agora
Para que volte urgentemente aos braços meus
A minha vida não é mais vida é só sofrimento
Estou morrendo desde o momento da hora triste do nosso adeus
Ah vida de quem ama chora meu coração
Ah, Saudade Malvada porque não diz para minha amada
Que estou morrendo na solidão
Carreiro Caduco
Carreiro, velho carreiro, sem carro e sem boiada
Sonhando com os cocões, chorando a carga pesada
Quem teve fibra e coragem e hoje não é mais nada
Carreiro herói do passado recorda Minas Gerais
Agora velho e caduco, aos poucos morrendo vai
Carreiro, velho carreiro, não pode mais carrear
E Ã s vezes com a bengala que usa pra se apoiar
Começa chuchar barranco e os nomes dos bóis chamar
Carreiro herói do passado recorda Minas Gerais
Agora velho e caduco, aos poucos morrendo vai
Músicas do álbum A Volta (COELP 41931) - (1984)
| Nome | Compositor | Ritmo |
|---|---|---|
| A Funcionária | Praense | Rancheira |
| Pai, Amigo, Irmão | Peão Carreiro | Toada balanço |
| Fera Da Estrada | Peão Carreiro / Waldemar De Freitas Assunção | Batidão |
| Amor Escondido | Praense | Rancheira |
| Sonho Falado | Praense | Rasqueado |
| Eu Também Sou Gente | Peão Carreiro | Corrido |
| A Volta | Peão Carreiro / Carlos César | Rancheira |
| Coração De Cera | Peão Carreiro / José Homero | Guarânia |
| Essa Noite Com Você | Peão Carreiro | Rasqueado |
| No Mundo Da Lua | Peão Carreiro / Oswaldo Gualhardi | Rancheira |
| Vida De Quem Ama | Praense / Waldemar De Freitas Assunção | Rasqueado |
| Carreiro Caduco | Praense | Toada Baião |