As Gargantas De Ouro Do Brasil (Volume 23) (WARNER MUSIC 398426559-2) - (1997) - Milionário e José Rico
Meu MartÃrio
É um martÃrio gostar de alguém
Que vive nos braços de outro
Este alguém já foi meu amor
Ao recordar que me acariciavaÂ
Quando estava ao meu lado
Os meus olhos choram de dor
Tu és para mim a minha mulher amada
E eu para ti sou o homem que tu desprezas
Peço desculpas se tu me ouvires cantando
Que eu te amo
Pois meu vÃcio és tu meu amor
Se as estrelas no céu me fizessem um milagre
E os anjos também
Eu queria que ela voltasse e como outrora
SerÃamos felizes na vida muito felizes
Só a morte nos separasse
Boneca Cobiçada
Quando eu te conheci do amor desiludida
Fiz tudo e consegui dar vida a tua vida
Dois meses de aventura o nosso amor viveu
Dois meses com ternura beijei os lábios teus
Porém eu já sabia que perto estava o fim
Pois tu não conseguias viver só para mim
Eu poderei morrer mas os meus versos não
Minha voz hás de ouvir ferindo o coração
Boneca cobiçada das noites de sereno
Teu corpo não tem dono teus lábios tem veneno
Se queres que eu sofra é grande o teu engano
Pois olha nos meus olhos vê que não estou chorando
O Último Julgamento
Senta aqui neste banco, pertinho de mim, vamos conversar
Será que você tem coragem de olhar nos meus olhos e me encarar?
Agora chegou sua hora chegou sua vez você vai pagar
Eu sou a própria verdade, chegou o momento eu vou te julgar
Pedi pra você não matar nem para roubar, roubou e matou
Pedi pra você agasalhar a quem tem frio, você não agasalhou
Pedi para não levantar falso testemunho, você levantou
A vida de muitos coitados você destruiu, você arrasou
Meu Pai te deu inteligência para salvar vidas, você não salvou
Em vez de curar os enfermos, armas nucleares você fabricou
Usando sua capacidade, você destruiu, você se condenou
A sua ganância foi tanta que a você mesmo você exterminou
O avião que você inventou foi para levar a paz e a esperança
Não pra matar seu irmão nem para jogar bombas nas minhas crianças
Foi você quem causou essa guerra, destruiu a terra de seus ancestrais
Você é chamado de homem mas é o pior dos animais
Agora que está acabado pra sempre vou ver se você é culpado ou inocente
Você é um monstro covarde e profano é um grão de areia frente ao oceano
Seu ouro falou alto, você tudo comprou pisou nos Mandamentos que a Lei Santa ensinou
A mim você não compra com o dinheiro seu eu sou Jesus Cristo, o filho de Deus
No Colo Da Noite
Cansado de tanto esperar a felicidade
Saà a sua procura no mundo sem fim
Tão depressa então me deparei com a realidade
Vi que ela existe para todos menos para mim
Os amores que tive na vida todos me deixaram
Juramentos e mais juramentos fizeram em vão
Somente as tristes lembranças comigo ficaram
E dos beijos fingidos agora só recordação
Caminhos e rumos incertos sozinho eu sigo
Não tenho esperança de nada pra levar comigo
O dia é meu companheiro clareia o caminho
No colo da noite adormeço chorando sozinho
Pombinha Branca
Se eu pudesse voar Igual uma pombinha
Eu voaria em busca do meu bem
Eu pediria às nuvens eu pediria aos anjos
Que me ajudassem a encontrar o meu grande amor
Voa pombinha branca, voa
Diz ao meu bem para voltar
Diz que eu estou triste e chorando
Pra nunca mais me abandonar
Fomos felizes juntos sem separarmos
Foi testemunha o céu, o sol e o mar
Hoje só resta lembranças porque tu vives distante
Ecos de um dim-dom os sinos do amor
Voa pombinha branca, voa
Diz ao meu bem para voltar
Diz que eu estou triste chorando
Pra nunca mais me abandonar
Ébrio De Amor
Tudo fiz para viver sempre consigo
Meu Desejo era fazê-la feliz
Mas a minha negra sorte traiçoeira
Foi um outro quem roubou você de mim
Eu queria para sempre nesta vida
Ser o dono do seu corpo sedutor
Mas sou pobre não lhe ofereço riqueza
E você só quer me ver ébrio de amor
E assim eu vou seguindo o meu destino
Com aquelas que compreendem minha dor
Me confortam aliviando minha mágoa
Neste ambiente infeliz e pecador
Reconheço não mereço o seu carinho
Mas de ti não guardo ódio nem rancor
O que eu sinto é vê-la sem felicidade
E você só quer me ver ébrio de amor
Â
Mulher a dor que trago comigo
É como um doce castigo
Que amarga e que dá prazer
O coração não esquece
O vulto por quem padece
Mais sofre, mais quer sofrer
Por isso nesta canção
Eu que tenho um coração
Não posso ficar calado
Lhe digo mulher querida
Que a dor maior desta vida
É amar sem ser amado
E assim eu vou seguindo o meu destino
Com aquelas que compreendem minha dor
Me confortam aliviando minha mágoa
Neste ambiente infeliz e pecador
Reconheço não mereço o seu carinho
Mas de ti não guardo ódio nem rancor
O que eu sinto é vê-la sem felicidade
E você só quer me ver ébrio de amor
Caminheiro
Caminheiro que lá vai indo pro rumo da minha terra
Por favor faça parada na casa branca da serra
Ali mora uma velhinha chorando um filho seu
Esta velha é minha mãe e o seu filho sou eu
Vai caminheiro leva esse recado meu
Por favor diga pra mãe zelar bem do que é meu
Cuidar bem do meu cavalo que o finado pai me deu
Do meu cachorro campeiro, meu galo Ãndio brigador
Minha velha espingarda e o violão chorador
Vai caminheiro me faça este favor
Caminheiro diga pra mãe pra não se preocupar
Se Deus quiser esse ano eu consigo me formar
Eu pegando meu diploma vou trazer ela pra cá
Mas se eu for mau nos estudos vou deixar tudo e volto pra lá
Vai caminheiro não esqueça de avisar
Vai caminheiro não esqueça de avisar
Vai caminheiro não esqueça de avisar
Sessenta Dias Apaixonado
Viajando pra Mato Grosso, Aparecida do Taboado
Lá conheci uma morena que me deixou amarrado
Deixei a linda pequena por Deus confesso desconsolado
Mudei o jeito de ser bebendo pra esquecer, sessenta dias apaixonado
Dois meses juntinho dela eternamente serão lembrados
Pedaço da minha vida, lembranças do meu passado
Jamais será esquecida a imagem bela de um anjo amado
Dois meses passaram logo é num copo que eu afogo, sessenta dias apaixonado
Se alguém fala em Mato Grosso eu sinto o peito despedaçado
O pranto rola depressa no meu rosto já cansadoÂ
Jamais eu esquecerei Aparecida do Taboado
Deixei a minha querida, deixei minha própria vida, sessenta dias apaixonado
Deixei a minha querida, deixei minha própria vida, sessenta dias apaixonado
Se Eu Não Puder Te Esquecer
Se eu não puder te esquecer
Mando dizer numa flor
Mando uma estrela avisar
Que o velho amor acordou
Se não puder me esquecer
Basta dizer por aÃ
Quando você sussurrar
Meu coração vai ouvir
Esquecer, difÃcil demais
Ninguém é capaz
Se amou um pouquinho
Esquecer, você nem pensar
E quando eu tentar
Que eu morra sozinho
O Vai E Vem Do Carreiro
Carreiro vai, Carreiro vemÂ
Beirando matas, cordilheiras, campos e espigões
Na estrada azul dos matagaisÂ
Lhe acompanham passarinhos vindos dos sertões
No peito seu eu sei que temÂ
Seis bois puxando o carro triste do seu coração
É a saudade emparelhada com a lembrança
O amor e a esperança, desespero e solidão
Carreiro vai, carreiro vem,
Rodando só pelo sertão cantando assim
Carreiro vai, Carreiro vem
Na sua estrada de paixão que não tem fim
Carreiro vai, carreiro vem
Para bem longe do filhinho que ficou no lar
Bem cedo sai e a tarde vem
Deitar nos braços de Chiquinha sempre a lhe esperar
Solta seus bois lá no curral
Quando no morro surge o claro raio de luar
Pega na viola pra cantar sua poesia
Quando fora a brisa fria vem com ele duetar
Carreiro vai, carreiro vem
Rodando só pelo sertão cantando assim
Carreiro vai, Carreiro vem
Na sua estrada de paixão que não tem fim
No vai e vem que o mundo dá
Vai o seu rastro rabiscando pedras e areiões
Dois riscos só deixa no pó
E o orvalho tremulando sobre mil botões
Igual o sol passa por nós
E a tarde deita no poente para repousar
Solta a boiada de estrelas cintilantes
Ruminando lá distante pelos campos do luar
Carreiro vai, carreiro vem
Rodando só pelo sertão cantando assim
Carreiro vai, Carreiro vem
Na sua estrada de paixão que não tem fim
Seresteiro Da Lua
Abre a janela oh! querida, venha ver o luar cor de prata
Venha ouvir o som deste meu pinho na canção de uma serenata
Sei que dorme sonhando com outro desprezando quem é teu amor
Quem tu amas de ti nem se lembra quem te quer você não dá valorÂ
Só a lua de mim tem piedade porque nunca me deixa sozinho
E não sabe fazer falsidade ilumina sempre o meu caminho
E o sereno das folhas das matas com sol vai caindo no chão
Vai sumindo como nosso amor foi-se embora do teu coração
Â
Como as nuvens que passam depressa foi assim que passou nosso amor
Só te peço que nunca se esqueça tudo aquilo que você jurou
E quem falta com o juramento com o tempo vai se arrepender
Porque o mundo é grande escola pra ensinar que não sabe viver
Pé Da Letra
Viajei de madrugada na minha besta BainhaÂ
Fui numa festa do peão Fazenda LagoinhaÂ
Pertinho de Porto Alegre eu cheguei Iá de tardinhaÂ
Fazendeiro Zé Valente famÃlia da gente minha
Soltei a mula no pasto depois de dar um repasso
Dei uma volta na sala soltei meu peito de aço
Vi uma gaúcha trigueira fiz um verso no embaraço
Quando repiquei a viola ela caiu no meu braço
Eu falei em casamento me respondeu com frieza
Não me caso com violeiro eu tenho muita riqueza
Sou rainha do gado sou rica por natureza
Só gostei da sua viola desculpe a minha franqueza
Respondi no pé da letra sou lá de Mina Gerais
Tenho garimpo e diamante, sou um grande industrial
Sou dono de muitas terras, crio boiada em Goiás
Eu compro sua fazenda e todas suas credencial
O povo bateu palma é isso mesmo rapaz
Ela perguntou meu nome eu só dei as iniciais
Ela me abraçou chorando apresentando seu pai
O prazo do casamento violeiro é você quem faz
Músicas do álbum As Gargantas De Ouro Do Brasil (Volume 23) (WARNER MUSIC 398426559-2) - (1997)
Nome | Compositor | Ritmo |
---|---|---|
Meu MartÃrio | Sergeio Velasquez - Versão: Arnaldo Diniz / Miltinho Rodrigues | Rancheira |
Boneca Cobiçada | Biá / Bolinha | Bolero |
O Último Julgamento | Léo Canhoto | Balanço |
No Colo Da Noite | Lindomar Castilho / Ronaldo Adriano | Guarânia |
Pombinha Branca | Bruno Cherubini / C. Concina - Versão: Miltinho Rodrigues | Rancheira |
Ébrio De Amor | Palmeira / Romancito Gomes | Bolero |
Caminheiro | Jack | Cateretê |
Sessenta Dias Apaixonado | Darci Rossi / Constantino Mendes | Rasqueado |
Se Eu Não Puder Te Esquecer | Moacyr Franco | Guarânia |
O Vai E Vem Do Carreiro | Carlos César / José Fortuna | Toada |
Seresteiro Da Lua | Pedro Bento / Cafezinho | Rancheira |
Pé Da Letra | Manito / Augosto Altran | Rojão |