Amado E Antonio (1982) (Volume 2) (CONTINENTAL 103405276) - (1982) - JacĂł e Jacozinho

O Pintinho
Eu tenho um tio que mora na minha casa
E ganhou do meu vizinho um pintinho pra criar
De madrugada antes de tomar café
Pintinho já tá de pé piando pra lá e pra cá

E o meu tio nĂŁo sei o que ele fez
Levanta tarde demais quando Ă© tempo de frio
Nessas altura nĂŁo posso mais trabalhar
Pois tenho que vigiar o pintinho do meu tio

XĂ´, xĂ´, xĂ´ pintinho, xĂ´, xĂ´
Se nĂŁo quer que eu te pise nĂŁo fique onde eu estou
XĂ´, xĂ´, xĂ´ pintinho, xĂ´, xĂ´
Se nĂŁo quer que eu te pise nĂŁo fique onde eu estou

E o meu tio anda muito preocupado
Por que o pintinho danado tá crescendo pra chuchu
Um dia desse o pintinho de surpresa
Subiu em cima da mesa e quebrou meu abajur

Esse pintinho quer ser muito inteligente
Sobe em cima da gente pra poder se agasalhar
Ultimamente descansar eu nĂŁo consigo
Pintinho dorme comigo pra poder me beliscar

XĂ´, xĂ´, xĂ´ pintinho, xĂ´, xĂ´
Se nĂŁo quer que eu te pise nĂŁo fique onde eu estou
XĂ´, xĂ´, xĂ´ pintinho, xĂ´, xĂ´
Se nĂŁo quer que eu te pise nĂŁo fique onde eu estou

Quando meu tio chega em casa cansado
Seu pintinho está deitado debaixo do pé de amor
Acho engraçado quando a tarde está chovendo
Meu tio chega correndo e deixa o pintinho pra fora

To esperando quando o meu tio sair
Qualquer dia vou fingir que o pintinho sumiu
E vou perder a paciĂŞncia guardada
Vou dar uma cacetada no pintinho do meu tio

XĂ´, xĂ´, xĂ´ pintinho, xĂ´, xĂ´
Se nĂŁo quer que eu te pise nĂŁo fique onde eu estou
XĂ´, xĂ´, xĂ´ pintinho, xĂ´, xĂ´
Se nĂŁo quer que eu te pise nĂŁo fique onde eu estou

O Perigoso
VocĂŞ Ă© uma fera da pele macia eu sou o leĂŁo das matas bravias
VocĂŞ me insultou com categoria mas o leĂŁo te pega qualquer dia

Os teus olhos são punhais que cutucam nas barbas do leão tem mel e açúcar
Te pego menina te deixo maluca vocĂŞ brinca com o leĂŁo, leĂŁo nĂŁo machuca

Você diz que tem fogo pra queimar coração eu apago seu fogo com amor e paixão
Eu sou seu escravo vocĂŞ tem razĂŁo Ă©s muito louca e sou muito doidĂŁo

Tu Ă©s perigosa eu sou perigoso vocĂŞ tem veneno eu sou venenoso
O nosso encontro vai se amoroso quando encontrar gostosa e gostoso

Mulher Do Seu Mané
Seu Mané tem uma venda vive muito aborrecido
Pra trabalhar no balcão seu Mané foi proibido
A muié que faz de tudo pra ajudar o seu marido
Ela fez até despacho o negócio foi pra baixo seu Maneco tá perdido

A muié do seu Mané está procurando um sócio
Seu Mané tá muito veio não dá conta do negócio
A muié do seu Mané está procurando um sócio
Seu Mané tá muito veio não dá conta do negócio

A muié que abre a venda seu mané fica dormindo
Freguesia que era boa pouco a pouco fui sumindo
O bando de caloteiro compra faiado e vai fugindo
Ela tá desesperada seu mané não faz mais nada e o negócio tá caindo

A muié do seu Mané está procurando um sócio
Seu Mané tá muito veio não dá conta do negócio
A muié do seu Mané está procurando um sócio
Seu Mané tá muito veio não dá conta do negócio

Ela quer um sĂłcio bom e que seja inteligente
Pra trabalhar no balcĂŁo muito honesto e competente
Para ver se os dois levanta o negócio de repente 
Porque o lucro Ă© dividido ela aposenta o marido e o negĂłcio vai pra frente

A muié do seu Mané está procurando um sócio
Seu Mané tá muito veio não dá conta do negócio
A muié do seu Mané está procurando um sócio
Seu Mané tá muito veio não dá conta do negócio

Desafio
VocĂŞs pra mim sĂŁo caipira na burrice continua
O mundo está pra frente para traz ninguém recua
Veja bem que os grandes homens já entraram até na lua

Diz que os homens foi pra lua isso eu nĂŁo acredito
Na Terra não tem ninguém pra rasgar nosso infinito
Que o homem vai pra lua na bíblia não tá escrito

Vocês moram lá na roça não sabem da novidade
VocĂŞs nĂŁo podem brincar com os homens da cidade
Fabricaram um foguete da maior velocidade

Eu sou mesmo um caipira mas eu sou mais bem esperto
A lua é um mistério que ninguém chega lá perto
É um segredo de deus que não vai ser descoberto

Os homens já descobriram segredo que a lua tem
Mostrou na televisão pra não enganar ninguém
Nos domina este mundo e outros mundo também

Vou pedir pra são Gonçalo pra são Bento e pra são Borges
Quando vocĂŞs for pra lua nĂŁo deixar que vocĂŞs fogem
Tomara que leve um coice do cavalo de sĂŁo Jorge

Eu quero chega na lua no prazo de poucas horas
Vou pegar este sĂŁo Jorge e botar ele pra fora
Vou montar no seu cavalo e cortar ele de espora

Deus Ă© muito poderoso acredite no que eu falo
Pra defender meu sĂŁo Jorge nĂłs dois briga que nem galo
NĂŁo Ă© qualquer vagabundo que monta nesse cavalo

NĂłs vamos entrar na lua provar que nĂŁo Ă© mentira
Vou fazer um desaforo pra vocĂŞs que sĂŁo caipiras
Vou tocar minha viola e dançar o meu catira

Quando vocês for pra lua vocês dois vai ver no pé
VocĂŞs vai ter uma surpresa na hora que vocĂŞ vier
Nós passa na sua casa e rouba suas muié

Beijo Da Tudica
Que beijo gostoso que a Tudica tem a boquinha Ă© doce ela beija bem
Ela mora longe eu vou lá de trem to ficando pobre neste vai e vem
Já gastei a última nota de cem

To apaixonado por fora e por dentro se eu ficar sem ela eu nĂŁo aguento
O meu coração é muito birrento a família dela são gente briguento
Eu sou teimoso que nem jumento

Fui na casa dela de botina nova falei com o velho certinho na trova
Ele respondeu vai casar uma ova eu pensei comigo vou levar uma sova
NĂŁo posso correr a botina estorva

Eu xinguei o velho de velho careca ele me pegou pelo cos da cueca
Eu subi pra cima que nem peteca esse casamento já levou a breca
Nunca mais eu vi aquela boneca

O Serrote
Eu já fui pobre não passava de pixote 
Carpia as datas e também limpava os lotes
Mas todo mundo sĂł me dava o calote
Eu nunca via nem a cor dos bagarote
Desanimei porque era molecote
Passei entĂŁo levar a vida de serrote

Filava a boia onde matava os frangotes
Se tinha vinho já bebia no corote
Fala em serviço eu saio logo de trote
Eu nĂŁo trabalho nem debaixo de chicote
Eu nĂŁo sou boi nĂŁo quero canga no cangote
Eu fui crescendo nesta vida de serrote

O meu conforto quero que vocĂŞs anotem
Minha mobĂ­lia era feita de caixote
O meu colchĂŁo era o couro de um garrote
Onde eu sonhava sĂł com ouro em lingote
Sonhando eu tinha dinheiro lá no malote
Quando acordava nĂŁo passava de um serrote

Ia nos bailes pra dançar rancheira e xote
Menina linda vestidinho com decote
NĂłs rodopiava ela mostrava o saiote
A moça pobre eu deixava de fricote
O meu amor Ă© dinheiro em pacote
Menina pobre nĂŁo tem papo pra serrote

Quem tá com sede chega de vagar no pote
A cobra arisca nĂŁo pode errar o bote
Eu me casei com a filha do Quinzote
A moça é rica eu também entrei no dote
Estou agora vivendo de camarote
Fiz minha vida sĂł na base do serrote

A Mandioca
Quem nĂŁo tem carro pois pode comprar uma frota
Porque o álcool da mandioca vai aumentar a gasolina
Minha charanga nĂŁo anda mais na banguela
Se acabar o petrĂłleo dela eu ponho mandioca nela

A mandioca que muito valor já tinha
Pra polvilho e farina e também para coxinha
Minha fazenda lá perto de Pedra Bela
Preparei a terra dela e plantar mandioca nela

Tem muita gente me chamando de boboca
Me diga quem que nĂŁo gosta de uma mandioca com frango
Se acabar a gasolina eu nĂŁo me zango
Eu espremo a mandioca no tanque do meu charango

A mandioca vai ser uma planta de luxo
Pra encher o nosso bucho e também para o motor
A mandioca agora ficou grĂŁ-fina
Gasolina de mandioca, mandioca de gasolina

Os Dez Mandamentos Do PingĂŁo
Vou dizer os dez mandamentos do caboclo beberrĂŁo
Meus amigos cachaceiros escutem prestem atenção

O primeiro mandamento Ă© ir no barzinho da esquina
Antes de falar bom dia pede uma com ferro quina

O segundo mandamento nĂŁo pode pedir fiado
Oferecer pros colegas pra mostrar que Ă© educado

O terceiro mandamento respeitar a freguesia
Mesmo que esteja doente ir lá o bar todo dia

E o quarto mandamento tem que ter educação
Pensar antes de falar pra nĂŁo dizer palavrĂŁo

E o quinto mandamento nĂŁo esquecer a morada
Mascar bastante chiclete pra falar com a namorada

E o sexto mandamento nĂŁo pode procurar briga
Mesmo que bebeu a pinga até que encheu a barriga

Se sair alguma encrenca não dá uma de bacana
VocĂŞ vai ser o primeiro que a polĂ­cia leva em cana

E o sete mandamento quando estiver bem na brasa
Pedir para um conhecido pra levar vocĂŞ pra casa

O oitavo mandamento manda fazer um café
Bem amargo e beber tudo sem brigar com a mulher

E o nono mandamento Ă© dormir a tarde inteira
SĂł assim que vocĂŞ sara da danada bebedeira

E o dez mandamento nĂŁo esquecer o que fez
E no outro dia cedo ir no bar beber outra vez

O Corintiano
Que triste sorte Ă© a minha o lobo comeu meu galo
Uma cobra venenosa morte e matou meu cavalo
Deu doença no meu porco coitado esticou o talo
Cai da torre da igreja quando eu fui puxar o badalo

Um bando de capivara levou meu arroz a eito
O vento quebrou o ilho o tatu passou no peito
Tento fazer bom negĂłcio no fim sai tudo mal feito
Até o purgante que eu tomo, danado não faz efeito

Minha muié é bonita que parece uma boneca
Mas ela deixou de mim fugiu com um homem careca
Eu guardei um dinheirinho pra comprar uma bicicleta
O ladrĂŁo roubou o dinheiro do bolso as minha cueca

Eu ganhei uma botina mas sĂłs serviu pro meu mano
Meu time foi campeĂŁo sĂł depois de vinte anos
O pior Ă© meus colegas que ficavam me gozando
Azarado que nem eu sĂł pode ser corintiano

SĂł pode ser corintiano, eu sĂł pode ser corintiano
SĂł pode ser corintiano, eu sĂł pode ser corintiano

Cupim
Você quer comprar um casa o Antônio tá vendendo
Aproveite compre logo que o cupim tá comendo
O cupim tá comendo tá, tá comendo tá
O cupim tá comendo tá, tá comendo tá

Tem cupim nas venezianas, tem cupim em todas portas
O cupim tá destruindo até a cerca da horta
O AntĂ´nio pĂ´s veneno a cupinzada nĂŁo importa
Se o AntĂ´nio nĂŁo vender a casa cai ou entorta

Você quer comprar um casa o Antônio tá vendendo
Aproveite compre logo que o cupim tá comendo
O cupim tá comendo tá, tá comendo tá
O cupim tá comendo tá, tá comendo tá

Tem cupim na colmeeira tem cupim no rodapé
Tem cupim na casa inteira tem até na chaminé
O Antônio tá vendendo por um preço qualquer
Se não a casa cai em cima dele e da muié

Você quer comprar um casa o Antônio tá vendendo
Aproveite compre logo que o cupim tá comendo
O cupim tá comendo tá, tá comendo tá
O cupim tá comendo tá, tá comendo tá

Bem Pra Lá Do Mais Pra Cá
Eu moro bem pra lá do mais pra cá
É bem pra cá do mais pra lá
Bem pra lá do mais pra cá
Eu moro bem pra lá do mais pra cá
É bem pra cá do mais pra lá
Bem pra lá do mais pra cá

Moro numa casa de madeira toda cheia de goteira
NĂŁo durmo em colchĂŁo de mola
Não tenho energia nem rádio vitrola
O som que se ouve Ă© da minha viola

Eu moro bem pra lá do mais pra cá
É bem pra cá do mais pra lá
Bem pra lá do mais pra cá
Eu moro bem pra lá do mais pra cá
É bem pra cá do mais pra lá
Bem pra lá do mais pra cá

Aonde eu moro os vestidos é até no pé
As mocinhas lá não quer andar na moda de agora
Aqui na cidade Ă© quase tudo de fora
Meu deus que gostoso nĂŁo vou mais embora

Eu moro bem pra lá do mais pra cá
É bem pra cá do mais pra lá
Bem pra lá do mais pra cá
Eu moro bem pra lá do mais pra cá
É bem pra cá do mais pra lá
Bem pra lá do mais pra cá

Aonde eu moro tem muita pouca muié
Se a gente não firma o pé fica velho sem casar
Não volto pra lá nem pra passear
Tá sobrando homem naquele lugar

Eu moro bem pra lá do mais pra cá
É bem pra cá do mais pra lá
Bem pra lá do mais pra cá
Eu moro bem pra lá do mais pra cá
É bem pra cá do mais pra lá
Bem pra lá do mais pra cá

O Acanhado
Era uma vez um rapaz muito acanhado
Nunca vi tanta vergonha que tinha aquele coitado
Na casa da namorada ele ficava amuado
NĂŁo comia e nĂŁo bebia nem a custa de agrado

De tanto a moça insistir a véia, o véio e os irmãos
Ele sentou lá na mesa na hora da refeição
Mas quando ele foi servir a colher caiu da mĂŁo
Ele abaixou pra pegar o prato caiu no chĂŁo

Quase morto de vergonha ficou vermelho na hora
Derrubou duas cadeiras quando levantou pra ir embora
Ele nem pediu desculpa saiu correndo pra fora
Arrastou o forro da mesa na roseta da espora

Levou o portĂŁo no peito saiu doido apavorado
Deixou o chicote na sala pois o chapéu atolado
Não despediu de ninguém deu um salto muito bem dado
Montou de cara pra trás no cavalo amarrado

Músicas do álbum Amado E Antonio (1982) (Volume 2) (CONTINENTAL 103405276) - (1982)

Nome Compositor Ritmo
O Pintinho Zé Da Praia Balanço
O Perigoso Moacyr Dos Santos / Pedro Jacob Balanço
Mulher Do Seu Mané Moacyr Dos Santos / Pedro Jacob Samba
Desafio Moacyr Dos Santos / Pedro Jacob / Lourival Dos Santos Corrido
Beijo Da Tudica Amado / Milton José Balada
O Serrote Moacyr Dos Santos / João O. Dias Balanço
A Mandioca Amado / Antonio Balanço
Os Dez Mandamentos Do PingĂŁo Amado / Pedro Jacob / Zezito Rancheira
O Corintiano Amado / Antonio Balanço
Cupim Moacyr Dos Santos / Amado Jacob Balanço
Bem Pra Lá Do Mais Pra Cá Amado / Antonio Samba
O Acanhado Amado / Antonio Balanço
Compartilhe essa página
Aprenda a tocar viola, acesse Apostila de Viola Caipira Material de qualidade produzido por Joăo Vilarim