Do Jeito Que O Povo Gosta (Volume 8) (TRANSLP 0132) - (1995) - Divino e Donizete
A Saudade Dela
Eu já não aguento a saudade dela fiz um juramento, mas vou quebrar
Volto novamente a beber por ela ela foi embora e não quer voltar
Ninguém pode imaginar o quanto eu gosto dessa mulher
Depois que ela partiu eu me transformei foi num bicho bravo
Vou buscar ela de volta mas só aceito se ela quiser
Paixão não vai me prender porque não nasci para ser escravo
Se ela estiver nos braços de outro homem o chão vai tremer
Vou mostrar a minha raça já faço logo um bombardeio
Vou dar um grito de guerra até o diabo tem que correr
Depois que eu ficar de fogo o cano esquenta e o trem fica feio
Eu já não aguento a saudade dela fiz um juramento, mas vou quebrar
Volto novamente a beber por ela ela foi embora e não quer voltar
Eu vou fazer o possÃvel pra não encher a cara de pinga
Porque quando estou de fogo o meu prazer é fazer regaço
Faço a caixa do baralho se transformar em quatro coringas
Eu faço virar rolinha até o valente gavião penacho
No lombo de touro bravo eu rezo terço e acendo vela
Na boca do garrafão a saudade dela vou afogar
Já beijei boca de cobra fiz a serpente ficar banguela
Vou botar fogo no mundo se meu amor não quiser voltar
Eu já não aguento a saudade dela fiz um juramento, mas vou quebrar
Volto novamente a beber por ela ela foi embora e não quer voltar
Eu já não aguento a saudade dela fiz um juramento, mas vou quebrar
Volto novamente a beber por ela ela foi embora e não quer voltar
Nas Asas Do Vento
Se eu pudesse viajar agora eu partiria nesse momento
Com destino à felicidade embarcaria nas asas do vento
E na cidade onde ela mora eu chegaria bem de madrugada
Ela tem outro não sou dono dela mas chegaria em sua janela
E cantaria pra mulher amada
Meu Deus sei que o destino é o nosso inimigo
Pôs em teus braços quem você não quer e eu não amo aquela mulher
Que o destino faz viver comigo
Se esse alguém que está com você abre-se a janela de frente pra rua
Ao perguntar pra quem estou cantando responderia, eu canto é pra lua
Se por acaso nesta madrugada não houvesse lua, não ia fugir
Mesmo correndo risco de vida continuaria cantando, querida
Esta canção pra você ouvir
Meu Deus sei que o destino é o nosso inimigo
Pôs em teus braços quem você não quer e eu não amo aquela mulher
Que o destino faz viver comigo
O Telefonema
Quando meu amor me fez aquela ligação chamada a cobrar
Ela estava em Campo Grande e me pediu chorando para lhe buscar
A força da emoção foi tanta que seu endereço esqueci de anotar
Não fui no primeiro voo fiquei esperando ela me ligar
Não adiantava ir pra Campo Grande se eu não sabia onde te encontrar
Meu desespero logo aumentou a minha amada nunca mais ligou
Saudade dela só me fez chorar
Agora depois de três anos ela resolveu me telefonar
Já era quase meia-noite o meu telefone eu ouvi chamar
Assim que eu atendi ela conversando se pôs a chorar
Não moro mais em Campo Grande estou residindo em outro lugar
Com esse telefonema o seu endereço acabei de anotar
Já decidi logo de manhã vou embarcar num avião da tam
Rever meu bem que foi pra Cuiabá
Rolinha Mineira
Querer bem uma cadeia e a paixão que me incendeia
Fez de mim um prisioneiro uma morena faceira
Linda rolinha mineira é meu amor verdadeiro
Olhei pras bandas de Minas já era de tardezinha
Vi na areia da estrada o rastro de uma rolinha
Meu coração disparou dando batidas ligeiras
Por saber que aquele rastro é da rolinha mineira
Esta rolinha que falo tem feitiço no olhar
Sai lá de Minas Gerais vem sempre me visitar
Passeia no meu quintal quando eu estou sozinho
É uma rolinha arisca mas vem dormir no meu ninho
Rolinha, faça um favor volte pra terra mineira
Porque no ninho que eu moro já tem uma companheira
Uma juriti goiana que me faz muito carinho
Ela saiu a passeio mas é dona desse ninho
Sou muito habilidoso cuido bem da sorte minha
Não quero que a juriti encontre você, rolinha
Quando a saudade apertar dentro desse peito meu
Você não vem no meu ninho eu que vou no ninho seu
Cabocla Aventureira
Tenho chorado no meu rancho de caboclo principalmente quando chega a tardezinha
Fico lembrando de um amor que foi embora também recordo a boa vida que eu tinha
A minha vida era mesmo um mar de rosas mas de repente morreu a felicidade
Quando a cabocla arrumou a sua mala deu uma volta na sala e foi-se embora pra cidade
Saà correndo, fui seguindo o rastro dela só alcancei lá na curva do estradão
E perguntei com os olhos orvalhados qual o motivo dessa triste decisão
Ela calada não me disse uma palavra mas seu silêncio para mim falou mais alto
Com o olhar de mulher aventureira entrou numa jardineira e foi-se embora pro asfalto
De vez em quando agora sei certas notÃcias da tal cabocla que quebrou sua pureza
De mini saia e esmalte sobre as unhas rosto pintado em um salão de beleza
Enquanto isso me entristeço aqui no mato eu sei que um dia ela vai querer voltar
Sou um caboclo, tenho vergonha na cara em meu rancho de taquara não deixo mais ela entrar
Mas tenho medo que ela cruze o meu caminho voltando aqui pra beber da minha água
Porque a saudade da cabocla aventureira tenho certeza, é bem maior que minha mágoa
Rio Vermelho
Nas águas do rio Vermelho já derramei meu pranto de dor
Nas praias do rio Vermelho onde mora o meu amor
A paixão e a saudade no meu peito fez morada
Um grande amor proibido é a minha cruz pesada
Quem eu amo já tem dono é feliz e é amada
Numa estrada sem saÃda vou chorar na despedida
A razão da minha vida é uma mulher casada
Nas águas do rio Vermelho já derramei meu pranto de dor
Nas praias do rio Vermelho onde mora o meu amor
Entre a cruz e a espada numa estrada tão comprida
Se eu tiver uma chance nesta paixão proibida
Pra viver com quem eu amo eu arrisco a minha vida
A minha paixão é louca mas minha sorte é pouca
Não posso beijar a boca dessa mulher proibida
Nas águas do rio Vermelho já derramei meu pranto de dor
Nas praias do rio Vermelho onde mora o meu amor
Por essa paixão errada já perdi noites de sono
Eu preciso ir embora vou viver no abandono
Esse amor só me judia me tornei um rei sem trono
Pra paixão não me matar então preciso conformar
Não adianta desejar a mulher que já tem dono
Do Jeito Que O Povo Gosta
Se hoje vivo sorrindo porque já chorei demais
Eu venho da grande guerra herdei o trono da paz
Eu não sei se sou mineiro quando estou em goiás
E não sei se sou goiano estando em minas gerais
O sucesso é uma pergunta que eu sei dar a resposta
Eu canto pagode certo do jeito que o povo gosta
Meu pagode é um terremoto que estremece o coração
Já vi meu Brasil chorando nas mãos da corrupção
Mas Deus enviou seu manto de amor e de proteção
Enxugou de uma só vez todo o pranto da nação
O sucesso é uma pergunta que eu sei dar a resposta
Eu canto pagode certo do jeito que o povo gosta
Pra quem é meu inimigo um alerta agora eu dou
Sou cantador pagodeiro que jesus abençoou
Já pisei em terra santa que ainda ninguém pisou
Pra cantar pagode certo o Brasil me consagrou
A Sétima Trombeta
Deus perdoe por chamar seu nome em vão
Porém não vejo outra solução eu sou de carne e osso e pecador
Deus já não suporto ver gente morrer de fome
O ódio destruindo o próprio homem crianças massacradas pela dor
Deus é criador de toda a terra e da gente desde o inÃcio Ele está sempre presente
Para cumprir a história da redenção
Deus a humanidade vive à beira das trevas estão marcados no pecado que a Eva
Fez lá no éden ao lado de adão
Deus seu filho padeceu pra nos salvar
Muita gente está cansada de implorar pelo sangue inocente lá da cruz
Deus falsos profetas já estão por toda a terra Os terremotos se espalham com as guerras
Nossa esperança está na glória de jesus
Deus um novo mundo esperamos com certeza porque o ódio, a doença e a tristeza
Tomaram conta do nosso grande planeta
Deus a profecia já aponta o final onde Jesus vai dar um fim no grande mal
E o anjo toque a sétima trombeta
O Peão E A Boiada
Morre o dia todo dia quando a tardinha desmaia
Sou um peão viajado das bandas do Araguaia
Trabalho com o rei do gado ai, ai
Eu conheço muito bem essa estrada boiadeira
Por onde a boiada passa formando nuvem de poeira
Pra quem vive no estradão a saudade é uma porteira
Que ao abrir precisa jeito pois tranca dentro do peito uma dor a vida inteira
A chuva, Sol e sereno faz parte desta jornada
Junto com meus companheiros vou tocando essa boiada
É triste a sina do boi engordando na invernada
Agora ele vai pro corte indo ao encontro da morte passo a passo nessa estrada
Olhando o rio Araguaia vejo um cenário de paz
O peão e a boiada por pouco não são iguais
A boiada vai pro corte quem conduz é o peão
Esse mesmo condutor vai sentindo a mesma dor no corte da ingratidão
A Viola E O Cantador
Viola que me dá prazer aqui nessa terra
Viola eu te comparo um tanque de guerra
Viola também foi escudo aqui em meu peito
Por isso enfrentei a guerra contra o preconceito
Viola hoje é amada por quem um dia não te deu valor
Viola, você venceu também deu vitória a esse cantador
Viola, caminhamos juntos numa longa estrada
A página da sua história está empoeirada
O nosso Brasil caboclo tem prestigiado
O som da minha viola em vinte e sete estados
Viola hoje é amada por quem um dia não te deu valor
Viola, você venceu também deu vitória a esse cantador
No Menino da Porteira e no rei do gado
Viola está presente o seu ponteado
Em milhares de sucessos da nossa história
Viola, seu ponteado é marco de glória
Viola hoje é amada por quem um dia não te deu valor
Viola, você venceu também deu vitória a esse cantador
Muralhas De Deus
Eu já precisei sorrir no momento de chorar
Precisei ficar calado quando eu tinha que falarÂ
Mas puxei a minha espada no momento de lutarÂ
E na corrida do ouro também tive que entrarÂ
Um tesouro de verdade por nome felicidade não é fácil de encontrar
A verdade é um esteio ninguém pode derrubar
A mentira é uma fumaça desaparece no ar
Honestidade é um navio que nunca vai naufragar
Enquanto a vela caÃa é fácil de comparar
É uma canoa sem fundo que nas águas deste mundo já foi feita pra afundar
O amor é um brilhante foi feito para brilhar
Sem que o ódio não tem brilho mas consegue penetrar
Na fonte do coração ele gosta de nadarÂ
Entre o amor e o ódio agora vou explicarÂ
Deus criou uma muralha porque o ódio é uma navalha no amor não vai cortar
Comitiva Pantaneira
A serra de Maracajú, conhece o lamento de boiada
Boiada que vem do Pantanal, subindo a serra faz ali uma parada
No Pantanal o casco do boi é mole, aqui em cima o gado sofre sem igual
Se acabaram as comitivas pantaneira, é impossÃvel tirar boi do Pantanal
Alguém falou um certo dia e fez até comparação
Por onde vou em meu cavalo, ele iria também com seu caminhão
Eu não concordo pois conheço a velha lida, sou estradeiro e tenho outra opinião
O caminhão vai por onde tem estrada e o meu cavalo vai por onde é sertão
Adeus boiada pantaneira, daqui pra frente você vai de caminhão
A comitiva vai voltar ao pantanal, buscar boiada para outra embarcação
Em meu ouvido parece que estou ouvindo, mugir o gado num lamento sem igual
Em cada berro de um boi significa, um triste adeus para sempre ao Pantanal
A serra de Maracaju, conhece o lamento de boiada
Músicas do álbum Do Jeito Que O Povo Gosta (Volume 8) (TRANSLP 0132) - (1995)
Nome | Compositor | Ritmo |
---|---|---|
A Saudade Dela | Donizete Santos | Rojão |
Nas Asas Do Vento | Donizete Santos | Guarânia |
O Telefonema | Donizete Santos | Rojão |
Rolinha Mineira | Donizete Santos | Toada Balanço |
Cabocla Aventureira | Donizete Santos | Rojão |
Rio Vermelho | Donizete Santos | Rojão / Moda De Viola |
Do Jeito Que O Povo Gosta | Donizete Santos | Pagode |
A Sétima Trombeta | Donizete Santos | Balanço |
O Peão E A Boiada | Donizete Santos | Moda De Viola / Cururu |
A Viola E O Cantador | Donizete Santos | |
Muralhas De Deus | Donizete Santos | Cururu |
Comitiva Pantaneira | Donizete Santos | Toada Balanço |