Delmonto E Amaraí (1972) (CLP 9148) - (1972) - Delmonto e Amaraí
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Gente De Minha Terra
Fiz tanta homenagem ao interior e ao trabalhador de alma gentil
Os versos que fiz os colegas gravaram e se espalharam por este Brasil
E a saudade de minha terra tornou-se um hino na voz do meu povo
Porque quem deixou sua terra querida embora alcançando sucessos na vida
Não há que não queira revê-la de novo
Quem é que esquece o campo, a cascata, o lago, a mata, a pesca de anzol
O gado pastando o capim do atalho, molhado de orvalho brilhando ao sol
E a gentileza daquele povo que à todos dispensa o mesmo calor
Eu gosto da vida também da cidade, e sei que existe a felicidade
Mas deve ser filha do interior
Nos bailes da roça eu sempre cantava, alguém que me amava chorava por mim
Depois eu dançava no grande terreiro sentindo o cheiro da flor de jasmim
E até hoje ainda sinto aquele perfume pairando no ar
Que faz reviver a feliz mocidade é um perfume da doce saudade
Que nada no mundo consegue apagar
É quase um mistério a vida da gente a luta da mente é quase que vã
Aquilo em que hoje se vê naufragada talvez será nada em nosso amanhã
E a saudade de minha terra está em minhalma e em todo o meu ser
No palco da vida eu vou trabalhando mas quando sentir a cortina fechando
É na minha terra que eu quero morrer
Visita À Goiás
Qualquer dia destes pego um avião
E vou pra Goiás matar uma saudade
Descer em Goiânia que felicidade
Rever a cidade que amo demais
Quero visitar a sede dos artistas
Rever meus colegas artistas goianos
Voltar aos tempos dos meus vinte anos
Que a mente saudosa não esquece mais
Faço uma entrevista com o Morais César
Depois o Claudino quero conhecer
Aqui distante sempre ouvi dizer
Dos belos programas que esta gente faz
Naquela terra vivi muitos anos
E com orgulho aqui eu confesso
Se os meus discos fizeram sucesso
Uma grande parte eu devo a Goiás
Quero visitar o bazar Paulistinha
Ver o Waldomiro velho companheiro
E convidá-lo para meu parceiro
Numa pescaria no rio Araguaia
Depois pretendo rever as fazendas
E revivendo um tempo saudoso
Ouvir o pio do Jaó manhoso
Nas matas goianas quando o sol desmaia
Do Mundo Nada Se Leva
Quando estou viajando cruzando campos e serras
Meu coração se alegra se passo por minha terra
O rincão é mais florido a natureza é mais bela
Gosto de minha querência por ser risonha e florida
Onde vive em criança a minha infância querida
Não sai de minha lembrança aquela gente amiga
Vamos sorrir e cantar quem está triste se alegre
A nossa vida é curta do mundo nada se leva
A nossa vida é curta do mundo nada se leva
Vida triste ou vida alegre a vida do cancioneiro
Sorrindo às vezes com mágoa cantando com desespero
Bebendo de todas águas do nosso chão brasileiro
Sendo triste ou sendo alegre eu adoro minha lida
Cantando que conheci a minha prenda querida
Viverá sempre comigo o resto de minha vida
Vamos sorrir e cantar quem está triste se alegre
A nossa vida é curta do mundo nada se leva
A nossa vida é curta do mundo nada se leva
Meu Coração Te Ama
Eu vivo assim sofrendo por ti minha querida flor
Importa a ti, importa a ti, que eu morra por teu amor
Te amo demais e vivo a sofrer por estar desprezado
E o teu proceder, o teu proceder meu deixa decepcionado
Escura a voz desse alguém que te chama
E quando chegares então saberás
Que meu coração te ama
Só Me Resta Esquecer
Recebi o seu recado através de um amigo
Que você já não me ama e nem quer falar comigo
Eu não posso compreender essa sua indecisão
Você sempre me jurava que era meu seu coração
Eu não vou sofrer eu não vou chorar
Por você dizer que não quer me amar
Segue seu caminho que o destino quis
Eu só lhe desejo que seja feliz
Eu não sei qual o motivo desse seu procedimento
Já faltava pouco tempo para o nosso casamento
Se você tem outro amor não é preciso esconder
Se é esse o motivo só me resta lhe esquecer
Eu não vou sofrer eu não vou chorar
Por você dizer que não quer me amar
Segue seu caminho que o destino quis
Eu só lhe desejo que sejas feliz
Primavera Da Saudade
Depois de um longo inverno vem a linda primavera
Quando as flores desabrocham me vem a lembrança dela
Realmente neste tempo eu deixei a minha espera
Lá na estação chorando aquela flor tão bela
Sou sincero estou sofrendo de saudade do meu bem
Amo tanto nesta vida só ela e mais ninguém
Querida te peço espere por mim serei eternamente teu serás minha até o fim
Serás minha até o fim
Saudade De Minha Terra
De que me adianta viver na cidade se a felicidade não me acompanhar
Adeus paulistinha do meu coração lá pro meu sertão eu quero voltar
Ver a madrugada quando a passarada fazendo alvorada começa a cantar
Com satisfação arreio o burrão cortando o estradão saio a galopar
E vou escutando o gado berrando sabiá cantando no jequitibá
Por Nossa Senhora meu sertão querido vivo arrependido por ter te deixado
Esta nova vida aqui da cidade de tanta saudade eu tenho chorado
Aqui tem alguém diz que me quer bem, mas não me convém eu tenho pensado
Eu digo com pena, mas esta morena não sabe o sistema que eu fui criado
Tô aqui cantando de longe escutando alguém está chorando com o rádio ligado
Que saudade imensa do campo e do mato do manso regato que corta as campinas
Aos domingos eu ia passear de canoa nas lindas lagoas de águas cristalinas
Que doce lembrança daquelas festanças onde tinha danças e lindas meninas
Eu vivo hoje em dia sem ter alegria o mundo judia, mas também ensina
Estou contrariado, mas não derrotado eu sou bem guiado pelas mãos divinas
Pra minha mãezinha já telegrafei e já me cansei de tanto sofrer
Nesta madrugada estarei de partida pra terra querida que me viu nascer
Já ouço sonhando o galo cantando o inhambu piando no escurecer
A lua prateada clareando as estradas a relva molhada desde o anoitecer
Eu preciso ir pra ver tudo ali foi lá que nasci lá quero morre
Brasil Progresso
Brasil, Brasil, Brasil, somos todos irmãos
Brasil, Brasil, Brasil
Torrão ordeiro e hospitaleiro herói constante em toda ação
Brasil progresso, da história em versos é a meta desta imensa nação, é o Brasil
Claro com muita evidência trouxeste o centenário da independência
Torrão ordeiro e hospitaleiro herói constante em toda ação
Brasil progresso, da história em versos é a meta desta imensa nação, é o Brasil
Claro com muita evidência no sesque centenário da independência
Foi Pedro Álvares Cabral quem descobriu o Brasil
Dom Pedro Primeiro a nossa proclamação
O Marechal Duque de Caxias sem fazer demagogia
Foi o militar patrono da nação
Aí está nosso Brasil crescendo moderno campo e potência
Trouxeste centenário da independência
Mamarucho
Foi somente fantasia o que o mundo me deixou
Quanto mais eu precisava mais a sorte me faltou
Quando passo pela rua todos gritam sem parar
Que eu sou um mamarracho, mamarracho por te amar
Mamarracho, mamarracho vivem sempre a me chamar
Sempre entrego meu carinho para quem não quer me amar
Mamarracho, mamarracho meu destino é chorar
Mas não perco a esperança meu amor há de voltar
Tantos anos são passados ainda lembro o teu olhar
No meu peito está guardado muito amor para te dar
Mas olhando no espelho vejo triste o meu olhar
Hoje sou um mamarracho, mamarracho por te amar
Mamarracho, mamarracho vivem sempre a me chamar
Sempre entrego meu carinho para quem não quer me amar
Mamarracho, mamarracho meu destino é chorar
Mas não perco a esperança meu amor há de voltar
Não Se Afaste De Mim
Eu queria que você ficasse muito embora brigando comigo
Apesar de você ter ciúme eu não ligo ao ciúme, eu não ligo
Era bom que você não partisse serei triste vivendo sozinho
Você briga, mas quero ir seguindo desfrutando teu doce carinho
Não se afaste de mim eu suplico eu suplico por Nossa Senhora
Eu não quero chorar de saudade nem me fale em adeus nesta hora
Não se afaste de mim que eu não posso ser feliz sem você nesta vida
Tenho medo das noites vazias que terei com a sua partida
Morrendo De Amor
Amei, amei o meu pobre coração
Quase parou de emoção
Quando percebi a traição
Chorei, chorei uma lágrima caía
Enquanto alguém sorria
Sem saber que um grande amor morria
Santo Deus que tudo vê de mim não pode esquecer
Tenhas pena de quem sofre por amar e bem querer
Cristo morreu por amar para nos exemplar também posso morrer
Cristo morreu por amar para nos exemplar também posso morrer
Santo Deus que tudo vê de mim não pode esquecer
Tenhas pena de quem sofre Por amar e bem querer
Cristo morreu por amar para nos exemplar também posso morrer
Cristo morreu por amar para nos exemplar também posso morrer de amor
O lelelê
A turma lá em casa só se fala em brasa
Até vovó velha cansada está ficando transviada
Com essa nova dança um, dois, três
Que faz o mundo inteiro descer
Vê se mora na jogada, é uma coisa engraçada
Parece iê iê iê, mas é um tal de lelelê
Quem gostar tem que apoiar, quem não gostar vai ter que dançar
O iê iê iê dança sozinho, mas o lelelê é gostoso dar um pulinho
É gostoso dar um pulinho, é gostoso dar um pulinho
Msicas do lbum Delmonto E Amaraí (1972) (CLP 9148) - (1972)
| Nome | Compositor | Ritmo |
|---|---|---|
| Gente De Minha Terra | Goiá / Almir | Rasqueado |
| Visita À Goiás | Goiá / Sidon Barbosa | Rasqueado |
| Da Vida Nada Se Leva (Do Mundo Nada Se Leva) | Belmonte / Jorge Paulo | Carrilhão |
| Meu Coração Te Ama | Edmilson Corrêa / Amaraí | |
| Só Me Resta Esquecer | Amaraí / Piragi | Polca |
| Primavera Da Saudade | Amaraí / Orlando Ribeiro | Rasqueado |
| Saudade De Minha Terra | Goiá / Belmonte | Rasqueado |
| Brasil Progresso | Jair Gonçalves | Marcha |
| Mamarucho | E. Franco / C. Valdez / Momy - Versão: Sebastião Ferreira Da Silva | Bolero |
| Não Se Afaste De Mim | Raul Sampaio / Jorge Gonçalves | Bolero |
| Morrendo De Amor | Nenete / Amaraí | Guarânia |
| Olelelê | Jair Gonçalves | Xote |