Desencontros (CHANTECLER 207405306) - (1988) - Dalvan
Ele
A ele você dá o que é meuÂ
Todo carinho seu, tudo o que me pertenceÂ
Pra ele você chega se abrindoÂ
Cumprimenta sorrindo e de mim se esqueceÂ
Com ele você é atenciosaÂ
Delicada, bondosa e de nada reclamaÂ
Por ele você se preocupaÂ
Até pede desculpas a ele você ama
E ele por quem você esperaÂ
Até se desespera quando ele não chamaÂ
É ele quem lhe rouba a consciênciaÂ
E que na minha ausência deita na nossa cama
Como Vai Piquitita?
Meu caminhão, minha estrada coloridaÂ
Na minha vida eu transporto a solidãoÂ
E bem distante sinto falta da famÃliaÂ
Da Piquitita que me aperta o coração
No caminho eu transporto alimentosÂ
E sempre levo pros confins lá do sertãoÂ
Ao regressar não sai da minha menteÂ
A Piquitita me esperando no portão
Como via Piquitita minha vidaÂ
Cuidou bem da mamãe para mimÂ
Como vai Piquitita minha vidaÂ
Cuidei bem papaizinho, sim , sim
Meu caminhão pedaço de minha vidaÂ
A São Cristovão eu faço minha oraçãoÂ
Feliz regresso aos meus irmãos da estradaÂ
Nesta jornada de amor a profissãoÂ
Quando eu viajo abraço a minha famÃliaÂ
Na despedida choramos de emoçãoÂ
Eu tenho medo de não regressar um diaÂ
Para beijar a Piquitita no portão
Como via Piquitita minha vidaÂ
Cuidou bem da mamãe para mimÂ
Como vai Piquitita minha vidaÂ
Cuidei bem papaizinho, sim , simÂ
Pai
Pai peço desculpa por te incomodar
E por até hoje nem telefonar
Eu estou ouvindo a mamãe soluçar
Diz que eu estou bem acho que vou voltarÂ
Pai, hoje acordei chorando de saudades
Me vi sozinho aqui nesta cidade
Senti a falta de todos daÃ
Pai nunca liguei para os conselhos seus
E preferi sempre ficar com os meusÂ
Tenha certeza hoje me arrependi
Ó Pai, agora estou num beco sem saÃda
Preciso dar um jeito em minha vidaÂ
Dê sua força pra mim decidi
Pai não me lembrei do que o senhor falou
Que felicidade mora no interior
Mas, o que que eu faço agora com essa dor
Eu preciso dos conselhos do senhor
Pai,quando eu cheguei até que tava bom
Muitos amigos muita empolgaçãoÂ
Jurei até de nunca mais voltar
Pai, agora a coisa esta muito mudada
A vida é dura não se ganha nada
Sem sua ajuda nem da pra voltar
Oh pai, vê se me ajuda pelo amor de Deus
De outra chance pra esse filho seu
Que hoje cresceu e já sabe pensar
Depois Do Amor
Quando eu vou pra casa volto tão cansadoÂ
Sinto o vazio da sua presença na minha chegadaÂ
Então você volta sempre tão cansada escondendo tudo
Todos os seus problemas, não me conta nada
Abro minhas asas, sou seu passarinhoÂ
Vou buscar um beijoÂ
Pra acalmar o medo de ficar sozinhoÂ
Vem a madrugada, rolo em nossa camaÂ
Nesse nosso abraçoÂ
Ainda sobra espaço quando a gente ama
Vem a madrugada, rolo em nossa camaÂ
Nesse nosso abraçoÂ
Ainda sobra espaço quando a gente ama
Ah, toda noite é assim depois do amorÂ
Cada um pro sue ladoÂ
Ai, então é que eu fico sem mim sonhando acordadoÂ
Ah, eu não sei como pode com tanto amorÂ
Essa falta da genteÂ
Até parece uma última dose de um pobre doenteÂ
Quero Terra
Igual a tantos outros eu também sofro bastanteÂ
Venho vindo de outras terras, eu aqui sou imigranteÂ
Com a mulher e filhos vamos levando a vidaÂ
Esperando encontrar nossa terra prometidaÂ
Quero terra para trabalhar, quero terra para plantar
Quero terra para trabalhar, quero terra para plantar
Eu não perco a minha fé, nem tão pouco a esperançaÂ
Quero crer igual Noé, em Deus tenho confiançaÂ
Minha consciência diz a justiça de Deus não falhaÂ
Eu espero ansioso chegar a reforma agrária
Quero terra para trabalhar, quero terra para plantar
Quero terra para trabalhar, quero terra para plantar
Quero ter um lugarzinho e semear muitas sementesÂ
Para acabar com fome que maltrata tanta genteÂ
Quero ver a juventude trabalhando livrementeÂ
E o menor abandonado com uma vida mais decente
Quero terra para trabalhar, quero terra para plantar
Quero terra para trabalhar, quero terra para plantar
Minha Deusa
Ela é o perfume das mais lindas floresÂ
Eu sou um homem caÃdo na lamaÂ
Eu sou apenas quem varre o teatroÂ
E ela é a estrela que brilha no drama
Sou a poesia que o mundo não leuÂ
E ela é uma artista coberta de famaÂ
Ela é a deusa divina do mundoÂ
Eu sou apenas um homem que ama
A minha deusa é a grande paixãoÂ
Cantei frases bonitas, porém todas perdidasÂ
Não ganhei sequer uma gota de amorÂ
Da mulher mais linda, que droga de vida
Ela é a Deusa da minha cançãoÂ
O amor sonhado que eu não conheciÂ
Seus lábios molhados tem gosto de melÂ
Estava em meus braços, mas sei que perdi
Ela é um anjo descendo no céuÂ
Com sua beleza eu me estremeciÂ
Um poeta não morre com rimas de amorÂ
Mas por minha Deusa de amor já morriÂ
A minha deusa é a grande paixãoÂ
Cantei frases bonitas, porém todas perdidasÂ
Não ganhei sequer uma gota de amorÂ
Da mulher mais linda, que droga de vida
Desencontros
São tantos desencontros loucos nesta vida louca
São tantos desacertos certos nesta vida pouca
São tantos estes descaminhos e amarguras quantas
E tanto são estes espinhos em nossas gargantas
São tantas curvas nas estradas muitas desavenças
Nos olhos na cor, nos carinhos, quantas diferenças
Aquele que quer não precisa, o outro não tem o que deseja
Tem um que dá sua camisa pra não ver o outro chorar de tristeza
José é doido por Maria, Maria é louca por João
João não sente alegria, ama Conceição
Conceição deseja Pedro, Mas Pedro não quer mais ninguém
Existe sempre alguém no mundo procurando alguémÂ
Avenida Solidão
Pelo pouco que durou, pelo muito que te ameiÂ
Fui amando tanto, tanto que nem seiÂ
Nossas noites de carÃcias, nossos dias de paixãoÂ
Bons momentos que guardei no coraçãoÂ
O seu nome infelizmente nem deu tempo de guardarÂ
Pois ficamos noite e dia a nos amarÂ
Se eu tivesse condições de fazer voltar o tempoÂ
Eu faria repetir nossos momentos
Se eu tivesse condições de fazer voltar o tempoÂ
Eu faria repetir nossos momentos
Hoje estou aqui tão só me lembrando de vocêÂ
Na incerteza da importância de te verÂ
Se você por coincidência deste amigo se lembrar
Pode vir que eu tenho muito pra te dar
Uma coisa só mudou, o endereço que eu te deiÂ
Depois que você mudou também mudeiÂ
Hoje moro com a saudade na avenida solidãoÂ
Um vazio que ficou no meu coração
Hoje moro com a saudade na avenida solidãoÂ
Um vazio que ficou no meu coração
Hoje estou aqui tão só me lembrando de vocêÂ
Se eu tivesse condições de fazer voltar o tempoÂ
Uma coisa só mudou, o endereço que eu te deiÂ
Depois que você mudou também mudeiÂ
Hoje moro com a saudade na avenida solidãoÂ
Um vazio que ficou no meu coração
Hoje moro com a saudade na avenida solidãoÂ
Um vazio que ficou no meu coração
Vem Lambadiar
A lambada esta gostosa encoste o corpo no meuÂ
Bole, bole, mexe, mexe remexe no que é seuÂ
Ta ficando tão gostoso como eu pedi a DeusÂ
Bole, bole, mexe, mexe remexe no que é seu
Você me leva a loucuraÂ
Não tem cura o mal de amorÂ
O cheiro do seu cangote tem o perfume da florÂ
É leve como uma pluma nos braços do dançadorÂ
É leve como uma pluma nos braços do dançadorÂ
Lambade, lambadiarÂ
Vem lambadia, lambadie
Lambade, lambadiarÂ
Vem lambadia, lambadie
A perninha no meio, a bundinha para trásÂ
Me dá o seu arrochoÂ
Que eu dou um acocho, é assim que se faz
Lambade, lambadiarÂ
Vem lambadia, lambadie
Lambade, lambadiarÂ
Vem lambadia, lambadie
O Que Mata É A Solidão
Eu quero lhe pedir a sua vidaÂ
Por que a minha já lhe entregueiÂ
Eu quero lhe pedir um pouco de amorÂ
Por que o meu eu já lhe deiÂ
Quero lhe possuir de corpo e almaÂ
Eu quero mergulhar no sentimento seuÂ
Se for para sofrer não quero estar sozinhoÂ
Por isso não venha falar de adeusÂ
Olha não deve apagarÂ
Essa chama de amor esse louco desejoÂ
Não se morre de amor e de beijosÂ
O que mata é a solidãoÂ
Olha não deixe morrer esse amor que devoraÂ
E essa paixão ardenteÂ
Não me deixe um minuto ausenteÂ
Dos desejos do seu coraçãoÂ
Minha Mãe
Quando vou a sua casa tenho um colo pra deitarÂ
Eu te conto os meus segredos e você sabe guardarÂ
Adormeço e em sonhos, Deus me faz voltar no tempoÂ
E na paz do seu carinho, mãe, eu acordo no teu ventre
Quebraram os meus brinquedosÂ
Desvendaram meus segredos me fizeram chorar
Quebraram os meus brinquedosÂ
Desvendaram meus segredos me fizeram chorar
Me aperta nos teus braços com ternura tão antigaÂ
E descanse meu cansaço em sua mão amiga.Â
Sua lagrima é a minha, caem no seu vestido surradoÂ
É o medo do futuro, mãe, é a lembrança do passado
Quebraram os meus brinquedosÂ
Desvendaram meus segredos me fizeram chorar
Quebraram os meus brinquedosÂ
Desvendaram meus segredos me fizeram chorar
Quando é hora de ir embora que vontade de ficarÂ
Não sair mais do seu colo, ser criança e chorarÂ
Quando eu estiver distante minha mãe reze por mimÂ
Pois eu juro se pudesse, mãe, não saÃa mais daqui
Quebraram os meus brinquedosÂ
Desvendaram meus segredos me fizeram chorar
Quebraram os meus brinquedosÂ
Desvendaram meus segredos me fizeram chorar
Eu Quero Sim
Eu quero que você me olheÂ
Com os olhos de quem quer de mim algo maisÂ
Eu quero que você me entendaÂ
Que estou diferente de tempos atrás
Eu quero que você me pegueÂ
Me deite no colo e me faça dormirÂ
Depois desatar nossos laçosÂ
Sair dos meus braços, olhar e partirÂ
Eu vou descobrir os seus medosÂ
Guardar seus segredos vou te devorarÂ
Depois te fazer meus carinhosÂ
Para os meus caminhos você decorarÂ
Eu quero sim, eu quero sim,
Seu começo e seu fimÂ
Eu quero sim, eu quero sim,
Um pouco de você pra mim
Eu quero viver por um diaÂ
Da forma mais inda que alguém já viveuÂ
Eu quero te dar no momentoÂ
O maior sentimento que alguém já te deuÂ
Eu quero juntar meus pedaçosÂ
E lhe dar inteiro pra você provarÂ
E entre sussurros e abraçosÂ
Ser sua vontade e te alimentar
Eu quero nós dois por um diaÂ
Sentindo os desejos que ninguém sentiuÂ
Deixar entre nós a esperançaÂ
E a doce lembrança de quem já partiu
Eu quero sim, eu quero sim,
Seu começo e seu fimÂ
Eu quero sim, eu quero sim,
Um pouco de você pra mim
Músicas do álbum Desencontros (CHANTECLER 207405306) - (1988)
Nome | Compositor | Ritmo |
---|---|---|
Ele | Dalvan / Carlos Corinaldesi | Balada |
Como Vai Piquitita | Dalvan | Blanço |
Pai | Clemente Manoel / Dalvan | Balanço |
Depois Do Amor | Mário Marcos / César Augusto | Balada |
Quero Terra | Dalvan / José Sanches | Balanço |
Minha Deusa | Lourival Dos Santos / Beth Meirelles | Rancheira |
Desencontros | César Augusto / Dalvan | Guarânia |
Avenida Solidão | Carlos César | Balanço |
Vem Lambadiar | Antônio Carlos Pinto / Jocafi | Lambada |
O Que Mata É A Solidão | Edelson Moura | Balanço |
Minha Mãe | Carlos Randall / Dalvan | Balanço |
Eu Quero Sim | Martinha / Iranfe | Balada |