Saudade De Minha Terra (RCA 1060004) - (1967) - Belmonte e AmaraÃ
Para ver a lista de músicas, clique na lista abaixo.
Pombinha mensageira
Oh, pombinha mensageira leve para a minha amada
Esta carta apaixonada que chorando escrevi
Diga pra minha querida que eu só vivo penando
E pergunto soluçando que mal foi que cometi
Â
Voa depressa pombinha antes que a noite apareça
Antes que me enlouqueça por favor esteja aqui
Se trouxer boa notÃcia esta solidão eu venço
Mas se não for o que penso sei que não vou resistir
Quando ela abrir a carta vai notar borrões e erros
Diga que neste desterro foi chorando que escrevi
Os borrões são os meus prantos que caÃram sobre as letras
E os erros são memórias que por ela eu perdi
Â
Com certeza ela entende mesmo estando mal escrita
Não contem frases bonitas, mas falei o que senti
Diga que estou sofrendo por viver assim ausente
E a amo loucamente desde quando eu a vi
O dia vem clareando ainda estou acordado
Tristonho desesperado e a pombinha não vem
Será que ela não sabe como é triste um abandono
Já perdi noites de sono sofrendo por querer bem
Â
O dia vem clareando ainda estou acordado
Tristonho desesperado e a pombinha não vem
Será que ela não sabe como é triste um abandono
Já perdi noites de sono sofrendo por querer bem
A fronha
A fronha do meu travesseiro está molhada de amargo prantoÂ
Só meu coração que sabe por que motivo estou chorando
Nesta tarde de amargura ouço as pombinhas cantando ao longe
Parece que estão dizendo que meu sofrimento ninguém corresponde
Cucurucucu, pombinhas porque cantam
Aumentando assim o meu padecer
Se o meu amor não quis compreender
Este coração que vive a sofrer
Cucurucucu, pombinhas porque cantam
Aumentando assim o meu padecer
Se o meu amor não quis compreender
Este coração que vive a sofrer
Morena cheirosa
Morena eu sinto ciúme do teu perfume do teu calor
Tu és divina e graciosa morena cheirosa meu grande amor
Das flores da minha vida tu fostes a preferida
Eu quero viver ao teu lado e ser amado por ti querida
Â
Na luz do teu meigo olhar eu quero sonhar eu quero viver
Sentir o teu beijo ardente nos lábios quentes a prometer
Pertinho do coração apertar a tua mão
Assim eu quero viver e nunca esquecer a nossa ilusão
Â
Morena estou apaixonado por teus encantos eu sonho acordado
Não posso viver assim o meu tormento não tem fim
Não posso viver assim o meu tormento não tem fim
Na luz do teu meigo olhar eu quero sonhar eu quero viver
Sentir o teu beijo ardente nos lábios quentes a prometer
Pertinho do coração apertar a sua mão
Assim eu quero viver e nunca esquecer a nossa ilusão
Â
Morena estou apaixonado, por teus encantos, eu sonho acordado
Não posso viver assim o meu tormento não tem fim
Não posso viver assim o meu tormento não tem fim
Morrendo de amor
Amei, amei o meu pobre coração
Quase parou de emoção
Quando percebi a traição
Chorei, chorei uma lágrima caÃa
Enquanto alguém sorria
Sem saber que um grande amor morria
Santo Deus que tudo vê de mim não pode esquecer
Tenhas pena de quem sofre por amar e bem querer
Cristo morreu por amar para nos exemplar também posso morrer
Cristo morreu por amar para nos exemplar também posso morrer
Santo Deus que tudo vê de mim não pode esquecer
Tenhas pena de quem sofre Por amar e bem querer
Cristo morreu por amar para nos exemplar também posso morrer
Cristo morreu por amar para nos exemplar também posso morrer de amor   Â
Saudade de minha terra
De que me adianta viver na cidade se a felicidade não me acompanhar
Adeus paulistinha do meu coração lá pro meu sertão eu quero voltar
Ver a madrugada quando a passarada fazendo alvorada começa a cantar
Com satisfação arreio o burrão cortando o estradão saio a galopar
E vou escutando o gado berrando sabiá cantando no jequetibá
Por Nossa Senhora meu sertão querido vivo arrependido por ter te deixado
Esta nova vida aqui da cidade de tanta saudade eu tenho chorado
Aqui tem alguém diz que me quer bem, mas não me convém eu tenho pensado
Eu digo com pena, mas esta morena não sabe o sistema que eu fui criado
Tô aqui cantando de longe escutando alguém está chorando com o rádio ligado
Que saudade imensa do campo e do mato do manso regato que corta as campinas
Aos domingos eu ia passear de canoa nas lindas lagoas de águas cristalinas
Que doce lembrança daquelas festanças onde tinha danças e lindas meninas
Eu vivo hoje em dia sem ter alegria o mundo judia, mas também ensina
Estou contrariado, mas não derrotado eu sou bem guiado pelas mãos divinas
Pra minha mãezinha já telegrafei e já me cansei de tanto sofrer
Nesta madrugada estarei de partida pra terra querida que me viu nascer
Já ouço sonhando o galo cantando o nhambú piando no escurecer
A lua prateada clareando as estradas a relva molhada desde o anoitecer
Eu preciso ir pra ver tudo ali foi lá que nasci lá quero morrer
Tão somente uma vez
Foi somente uma vez amei na vidaÂ
Foi somente uma vez e nunca maisÂ
Uma vez nada mais em meus olhos brilhou a esperançaÂ
Esperança que alegra o caminho da cruel solidãoÂ
Uma vez nada mais se entrega a almaÂ
Com uma doce total renunciação
E quando esse milagre abre as portas do amor desejadoÂ
Alegria e festas que cantam no meu coraçãoÂ
Uma vez nada mais em meus olhos brilhou a esperançaÂ
Esperança que alegra o caminho da cruel solidãoÂ
Uma vez nada mais se entrega a almaÂ
Com uma doce total renunciação
E quando esse milagre abre as portas do amor desejadoÂ
Alegria e festas que cantam no meu coraçãoÂ
Entre lágrimas
Eu não quero que tu penses nem um só instante em mim
Deixe que eu viva sofrendo gosto de viver assim
Teu amor me enlouquece eu não sei se estou sonhando
Isto é coisa que acontece quando a gente está amando
Se um dia eu chorar ninguém vai saber porque
É meu modo de amar, é meu jeito de querer
Ninguém vai fazer juÃzo nem saber que estou sentindo
Tu verás o meu sorriso entre lágrimas caindoÂ
Desde de que te vi
Um dia de manhãzinha, ao percorrer a fazenda
Encontrei com minha prenda que passeava sozinha
Eu disse oh! minha querida não sabes o quanto te quero
Eu sou um moço sincero que teu amor solicita
Quisera que Deus permita eu ser teu amor primeiro
Desde de que te vi, que te quero, desde de que te vi que te adoro
Desde de que te vi te venero, porque tu és meu tesouro
Porque te tenho que te tenho que quererÂ
Porque te tenho que te tenho que adorar
Porque te tenho que te tenho que quererÂ
Nem que teus pais não queiram me ver
Não tenho muito dinheiro pra construir nosso ninho
Mas terás todo carinho do meu amor verdadeiro
Meu amor te quero tanto mais que tudo nesta vida
Ainda juro querida que a ti serei sincero
Saibas que muito te quero és o meu amor primeiro
Desde de que te vi, que te quero, desde de que te vi que te adoro
Desde de que te vi te venero porque tu és meu tesouro
Porque te tenho, que te tenho que quererÂ
Porque te tenho, que te tenho que adorar
Porque te tenho, que te tenho que quererÂ
Nem que teus pais não queiram me ver
Capricho do destino
Depois de três anos que eram casados nasceu um filhinho que tanto sonharam
Por mais alguns tempos viveram felizes depois cruelmente os dois se apartaram
Ele foi embora para bem distante e não mais souberam do seu paradeiro
Ela ficou só com o filhinho chorando a saudade do seu companheiro
Um dia, porém já muito cansada do triste martÃrio que ele sofria
Por falsa ilusão deixou de ser nobre passou a viver só na boêmia
Num triste abandono ficou o menino longe dos seus braços sem os seus carinhos
Enquanto seus pais seguiram outro rumo ele foi crescendo só em maus caminhos
E foi numa noite quando o trem noturno fez a parada naquela estaçãoÂ
Um passageiro sacou de uma arma e sem piedade matou um ladrão
Entre a multidão que ali se ajuntou ela foi também pra ver o ocorrido
E com grande espanto sem vida encontrou na plataforma seu filho caÃdo
Tal qual uma louca chorando e gritando voltou os seus olhos ao criminosoÂ
E neste momento reconheceu que aquele homem era o seu esposo
Assim é o capricho da vida enganosa que o destino exibe em cenas reais
Crianças que crescem desamparadas pagam os erros que devem seus pais
Eterno adeus
Se eu pudesse estar nesta hora, junto de ti oh, meu querido amor
Eu não teria o que tenho agora meus olhos tristes a chorar de dor
Guardei comigo lencinho branco que tu me deste ao dizer-me adeus
Só ele sabe como sofro tanto vivendo longe dos carinhos teus
Quando partiste a me ver chorando disseste amor eu voltarei um dia
Passei a vida toda te esperando em minhas noites longas de agonia
Estou chegando no final da vida meu coração já não suporta a dor
Quando voltares saberás querida que eu sofri até morrer de amor
Quando partiste a me ver chorando disseste amor eu voltarei um dia
Passei a vida toda te esperando em minhas noites longas de agonia
Estou chegando no final da vida meu coração já não suporta a dor
Quando voltares saberás querida que eu sofri até morrer de amor
Perdido de amor
O que me vale esta vida se sofro sem teu amor
Se já não tenho teus beijos, se já não sinto o teu calor
Tu sabes o quanto te quero é grande minha paixão
Mas teu desejo é que eu sofra por ti estás me matando com ingratidão
Mas teu desejo é que eu sofra por ti estás me matando com ingratidão
Quero que saibas querida eu vivo sofrendo eu vivo chorando
Na longa estrada da vida sozinho vou caminhando
Sinto a tristeza em minh’alma, é triste viver assim
Embora sofrendo eu te quero mesmo sabendo que não gosta de mim
Embora sofrendo eu te quero mesmo sabendo que não gosta de mim
Terra querida
Venho de longe pra ver meus queridos pais
Pois a saudade já não suportava mais
Sou brasileiro descendente de tupi
Eu vim rever minha terra onde nasci
É que a saudade apertou meu coração
Saudade dos meus pais e meus irmãos
Tinha saudade do cantar da juriti
Foi a razão que me fez voltar aqui
Terra querida eu sempre te adorei
Quero estar junto de ti
E ao teu lado para sempre eu viverei
Músicas do álbum Saudade De Minha Terra (RCA 1060004) - (1967)
Nome | Compositor | Ritmo |
---|---|---|
Pombinha Mensageira | Belmonte / Junqueira | Polca |
A Fronha | Belmonte / Anacleto Rosas Jr. | Huapango |
Morena Cheirosa | Nenete / Dorinho | Rasqueado |
Morrendo De Amor | Maximino Parizze / Canarinho | Guarânia |
Saudade De Minha Terra | Belmonte / Goiá | Rasqueado |
Tão Somente Uma Vez | Augostin Lara / Waldomiro Hortêncio | Bolero |
Entre Lágrimas | Bolinha / Nenete | Bolero |
Desde Que Te Vi | Luiz Behamonde / Belmonte | Cueca Chilena/Chula Paulista |
Capricho Do Destino | Junqueira | Rancheira |
Eterno Adeus | Nenete / Amaraà | Huapango |
Perdido De Amor | Piragi / Amaraà | Rancheira |
Terra Querida | Nenete / Francisco Lacerda | Polca |