RelÃquias De Amor (CH 3191) - (1968) - Abel e Caim
Para ver a lista de músicas, clique na lista abaixo.
A bandinha
É tão grande a saudade que sinto
E me ponho sozinho a chorar
Quando lembro as festinhas de junho
Na capelinha do meu arraial
Todo mundo sorria feliz
Alegria não tinha mais fim
Quando lá bem na porta da igreja
A bandinha tocava fazendo assim
Quando era na hora da missa
Que o sineiro chamava atenção
Todos juntos rezavam unidos
Pedindo a Deus uma doce oração
Quando o padre falava bastante
Que o sermão demorava ter fim
Todo mundo ficava ansioso
Pra ver a bandinha tocando assim
Hoje aqui tão distante de tudo
Ficou longe minha mocidade
Meus cabelos foram branqueando
Só resta em meu peito a malvada saudade
Minha doce e fiel companheira
Deus levou pra longe daqui
Quando choro sozinho parece
Que até a bandinha se esqueceu de mim
Gaúcho solitário
Adeus Rio Grande que eu vou embora
Sei que você chora ao me ver partir
Deixar a gaúcha triste soluçando
Até não sei quando vou me despedir
Adeus gaúcha meu grande amor
A linda flor ainda em botão
Apaixonado dou a despedida
Levando em ferida o meu coração
Nas tardezinhas bem empoeiradas
Vou cortando estrada neste mundo além
Desde que parti nunca mais te vi
E vivo sozinho sem ter mais ninguém
Se tu soubesse quanto estou sofrendo
E padecendo cheio de saudade
Ai se eu pudesse voltar nesta terra
Pra subir a serra da felicidade
Meu Rio Grande é uma beleza
Sua natureza me faz recordar
Teus lindos campos e o céu azul
Pro Rio Grande Do sul eu quero voltar
Quero rever todos meus amigos
Pois inimigos lá não tenho não
Além de tudo minha gauchinha
Que ficou sozinha no velho galpão
Além de tudo minha gauchinha
Que ficou sozinha no velho galpão
Abel e Caim na viola
Dois nome Abel e Caim na bÃblia está escrito
Os filhos de Adão e Eva e do Nosso Pai bendito
Os dois Abel e Caim ouvindo lá no infinito
Abel e Caim na viola cantando versos bonitos
Através das melodias mandamos nossa mensagem
Pros ouvintes do Brasil nas mais distantes paragens
Abel e Caim cantando embaixo de um céu de anil
Transmitindo alegria pros ouvintes do Brasil
Somos Abel e Caim, Abel é nome de santo
Temos no Brasil inteiro sucessos nos quatro cantos
Abel e Caim no céu, na terra Abel e Caim
Na escada do sucesso vamos juntos até o fim
Menino boiadeiro
Viajando com boiada lá pro sertão de Goiás
Vi um menino boiadeiro e conheci certos sinais
Perguntei pelo seu nome e quem era o seus pais
Ele respondeu sorrindo, ai, ai
Sou filho de Ouro Fino eu vim lá de Minas Gerias
Há muitos anos passados foi no mês de fevereiro
Eu deixei o meu povoado e fugi com um boiadeiro, ai
E deixei a minha terra querido estado mineiro
Sei que mamãe tem sofrido, ai, ai
Pesando de eu ter morrido num chifre de um pantaneiro
Menino preste atenção no que agora eu vou falar
Vá rever sua mãezinha que não cansa de chorar
O meu laço e o berrante de presente eu vou lhe dar
Seremos dois boiadeiros eu serei teu companheiro se meu conselho escutar
Obrigado boiadeiro você mudou meu destino
Hoje mesmo eu sigo viagem pro sertão de Ouro Fino, ai
Abraçar minha mãezinha que no mundo eu muito estimo
Desde esse dia em diante, ai, ai,
Sempre se ouvia o berrante com a volta do menino
Linda bonequinha
Eu nasci pra te amar minha linda bonequinha
Algum dia serei rei, tu serás minha rainha
Bate o vento na roseira cai a chuva no telhado
Bate, bate coração neste peito apaixonado
Eu nasci pra te amar minha linda bonequinha
Algum dia serei rei, tu serás minha rainha
Eu te amo meu benzinho tu me amas com fervor
Vamos viver bem juntinhos pra ser feliz no amor
Eu nasci pra te amar minha linda bonequinha
Algum dia serei rei, tu serás minha rainha
Aqui longe do meu bem a saudade é um tormento
Já comprei as alianças para o nosso casamento
Natureza
Olha seu moço como é linda a natureza
No sertão quanta beleza que Deus fez pra gente ver
A luz da lua sobre as águas refletidas
Tem uma cor parecida como as flores do ipê
Não há, não há lugar igual aqui
A lua faz morada no sertão em que nasci
Olha seu moço a cachoeira murmurando
A cerração levantando bem lá na curva do rio
O joão de barro fez seu ninho bem forrado
Para dormir sossegado quando é noite de frio
Não há, não há lugar igual aqui
A lua faz morada no sertão em que nasci
Olha seu moço um sertanejo cantando
Suas queixas revelando ao amigo violão
Com muito orgulho eu lhe digo face a face
É aqui também que nasce a poesia e a canção
Não há, não há lugar igual aqui
A lua faz morada no sertão em que nasci
Não há, não há lugar igual aqui
A lua faz morada no sertão em que nasci
Na Bahia tem
Lá na Bahia tem, tem, tem meu senhor
Tem o samba ritmado, mas tem viola também meu senhor
Lá na Bahia tem, tem, tem meu senhor
Tem o samba ritmado, mas tem viola também
Gosto tanto da Bahia como se eu fosse de lá
Quando eu vou à Bahia minha vontade é ficar
O samba lá da Bahia é mais samba é mais quente
A Bahia é boa terra e o baiano é boa gente
Lá na Bahia tem, tem, tem meu senhor
Tem o samba ritmado, mas tem viola também meu senhor
Lá na Bahia tem, tem, tem meu senhor
Tem o samba ritmado, mas tem viola também
A baiana quando samba enche os olhos da gente
Seu copinho delicado não há coração que agüente
Se o poeta lhe visse não sei o que ele diria
Com orgulho de ser filho da boa terra Bahia
Lá na Bahia tem, tem, tem meu senhor
Tem o samba ritmado, mas tem viola também meu senhor
Lá na Bahia tem, tem, tem meu senhor
Tem o samba ritmado, mas tem viola também
Ceguinha
Na igreja da Aparecida um romeiro sempre via
Uma menina ceguinha que uma esmola pedia
Mas ninguém podia dar o que a ceguinha queria
Era a luz dos seus olhos para ver a luz do dia
Chorava e pedia à Deus essa graça receber
Eu quero a luz dos meus olhos para o mundo poder ver
Encontra meu pai e mãe a quem não posso esquecer
Ajoelhar aos pés do altar e Jesus agradecer
Nesse estante um velhinho bem pertinho ali parou
Ceguinha pediu a esmola o velhinho perguntou
Qual a esmola minha filha que você pedir eu dou
Eu quero a luz dos meus olhos para ver quem é o senhor
O velho disse a ceguinha faça o sinal da cruz
Quando ela terminou os seus olhos teve luz
Ela viu subindo ao céu com seu lindo manto azul
A Senhora Aparecida e o nosso mestre Jesus
RelÃquias de amor
Quem tiver uma fotografia
Um retrato qualquer bem guardado
Com palavras de alguém que um dia
Pôs o seu nome autografado
E a lembrança de um beijo
De quem amou com ardor
Deve guardar com carinho
Por que são relÃquias de amor
Um anel ou uma medalha
Seja ela de ouro ou metal
O perfume de uma cartinha
Ou um lindo cartão de Natal
Um lenço com o nome bordado
Que já perdeu sua cor
Conserve por toda a vida
Por que são relÃquias de amor
Uma carta de amor que nos fala
Com carinho de quem escreveu
Um versinho feliz que embala
O amor que tão puro nasceu
As juras que foram trocadas
Num lindo jardim em flor
Guarde em seu pensamento
Por que são relÃquias de amor
Moreninha do convento
Subi no alto da serra pra aliviar meu sofrimento
Avistei uma casinha tão longe naquele alentoÂ
Eu fiquei admirado e foi com grande sentimento
Não sabendo que existia alguém no meu pensamento
E quando abriu a janela me vem no contentamentoÂ
Uma linda moreninha veio vindo lá de dentroÂ
Um sorriso encantando ela deu neste momentoÂ
Seus cabelos balanceavam de quando batia o vento
Resolvi falar com ela pedir ela em casamentoÂ
Para nós viver bem juntinho e deixar este tormentoÂ
Te compro grinalda e véu, pelo padre vai ser bentoÂ
Nós ainda somos solteiros pra receber o sacramento
Ela foi me respondeu sem ter arrependimentoÂ
Sinto muito em dar o desprezo vou explicar nesse momento
Eu não posso me casar por que trago em pensamentoÂ
Eu sou Filha Maria fui criada num convento
Poder da fé
Essa história eu vi contar fiquei muito admirado
Compreendi que era um milagre que ali tinha se dado
Numa farmácia da vila duas senhoras chegou
Entregaram uma receita o farmacêutico pegou
Quando trouxe o remédio na entrega se enganou, ai, ai
Quando a senhora saiu foi então que ele lembrou
Que um vidro era veneno que na entrega ele trocou
Compreendendo a situação que podia resultar
Em desespero saiu pela rua a procurar
Aquelas duas senhoras pra seu engano explicar, ai, ai
Não encontrando ninguém pra farmácia ele voltou
Com a consciência pesada no escritório entrou
E abrindo uma gaveta um aimagem ele encontrou
Era a Senhora Aparecida a quem ele implorou
Que salvasse o inocente e também ele que errou, ai, ai
A mulher chegou em casa com o remédio trocado
Foi ver seu filho doente quando ouviu um chamado
Voltando pra ver quem era na escada escorregou
E o vidro que lavava da sua mão escapou
Batendo no cimentado só os pedaços ficou, ai, ai
E a pobre mão aflita pra farmácia então voltou
E contando para ele tudo quanto se passou
O pobre homem chorando nesta hora compreendeu
Que a sua oração Nossa Senhora atendeu
Salvando dois inocentes o poder da fé valeu, ai, ai
Lencinho bordado
Seu amor é tão sincero comove meu coração
Serei teu eternamente linda flor do meu sertão
Por isso vou te mandar um lenço branco bordado
Como prova de um grande amor que quem vive desprezado
Este lenço vai contando a dor que eu tenho passado
Num cantinho vai meu nome com linha verde bordado
No outro canto o teu nome, no outro um R e um S
Recordação e saudade de um amor que não se esquece
Outro canto vai branquinho com tristeza vou dizer
Que é para cobrir de luto quando um de nós morrer
Guarde El bem guardado e nunca esqueça de mim
Eu juro que não te esqueço nosso amor não vai ter fim
Pra matar minha saudade só tenho seu retratinho
Este semblante risonho que tanto me faz carinho
Estes teus lábios corados que um dia hei de beijar
Vou morrer triste e sozinho se contigo eu não casar
Músicas do álbum RelÃquias De Amor (CH 3191) - (1968)
Nome | Compositor | Ritmo |
---|---|---|
A Bandinha | Léo Canhoto | Rancheira |
Gaúcho Solitário | Tapuã | Xote Gaúcho |
Abel E Caim Na Viola | João Do Ipê / Abel | Cateretê |
Menino Boiadeiro | Tanabi | Moda De Viola |
Linda Bonequinha | José Russo / Nestor | Corrido/Arrasta-pé |
Natureza | Dino Franco | Toada |
Na Bahia Tem | Tapuã | Samba Caipira |
Ceguinha | Paulo Calandro / Zé Mauro | Toada |
RelÃquias De Amor | Tuta / Nelson Gomes | Valsa |
Moreninha Do Convento | Tobias / Miguel Pereira Da Silva | Cateretê |
Poder Da Fé | Zé Claudino | Moda De Viola |
Lencinho Bordado | Mário Cardoso / Abel | Cateretê |