Coração Quieto
Coração Quieto - João Vilarim
Eu nunca vi, oh! Deus tanta beleza eu nunca fui num quarto pra sonhar
E me guiava pelas redondezas nos quatro cantos a historiar
Via-me sempre grande fortaleza suspiro alto sé de imaginar
Hoje eu vivo com minhas proezas neste chão duro a me procriar
Igualmente foi a tal saudade subindo o riacho com a embarcação
Rolavam as águas junto ao seu leito e de meus olhos, rolavam no chão
Sua lembrança tatuada em meu peito queimava em brasa em dias de clarão
Vinham as noites ruminando as cinzas, cinzas do velho e triste coração
Via-se a chuva partindo pro norte cheiravam as flores a embelezar
Rasgava fundo a ansiedade coração quieto a lhe esperar
Eu nunca vi oh! Deus tanta tristeza eu nunca fui num quarto pra chorar
Eu nunca fui atrás da procissão eu nunca vim à missa pra rezar